Contradição fiscal


Mesmo com arrocho fiscal, governo Dilma ampliou gastos correntes no primeiro semestre

Apesar de estar penalizando os cidadãos brasileiros com o arrocho fiscal e propagar um discurso de “ajuste”, o governo Dilma aumentou seus gastos correntes. Levantamento realizado pela Assessoria Técnica da Liderança do PSDB na Câmara mostra que, entre janeiro e julho deste ano, houve 9714709636_0d2be287b8_zincremento de 9,7% com esses gastos, mesmo com todas as restrições anunciadas pelo Planalto. Como se não bastasse, os investimentos minguaram, sofrendo queda de 55,9% nos sete primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado.

O deputado Alfredo Kaefer (PR) alertou, nesta sexta-feira (7), para as contradições do governo em relação ao chamado ajuste fiscal. Na avaliação do tucano, esse ajuste está sendo feito “nas costas” da sociedade, enquanto o governo se recusa a reduzir os gastos de custeio com a máquina pública.

Ele lembra que nos últimos meses o Congresso recebeu propostas que objetivavam aumentar taxas e impostos e que contribuíram ainda para maior incremento da inflação, já em processo de alta. “Por outro lado, o governo não fez um ajuste interno, cortando gastos, não reduziu a quantidade de ministérios e a prova está nos números do Tesouro de que as despesas correntes estão aumentando em vez de serem reduzidos para acompanhar a queda da receita”, critica o parlamentar.

Investimentos – Outra constatação é de que apesar de o governo federal ter uma dotação autorizada de R$ 83,3 bilhões para investimentos, apenas R$ 2,6 bilhões, ou seja, 3,1%, foram efetivamente pagos – uma queda de 55,9% em relação ao mesmo período de 2014. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um exemplo. O programa segue em ritmo lento, com execução de apenas 8,2% dos recursos destinados no Orçamento para este ano. Dos R$ 65 bilhões previstos, apenas R$ 5,3 milhões foram efetivamente pagos (8,2%).

“É matemático. Há queda de receita pela instabilidade e atual conjuntura e aumento de despesas correntes por parte do governo, então não há outro resultado possível se não esse da queda nos investimentos. Infelizmente, não estão investindo e falta dinheiro para o que a população mais precisa, seja saneamento, habitação, saúde ou educação. É mais um ingrediente do caos econômico e institucional que está se instalando em nosso país”, lamentou Kaefer.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)

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7 agosto, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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