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Afundado em crise sem precedentes, governo Dilma amarga reprovação popular recorde 

mosaicoApós um dia de derrotas e vexames na Câmara, inclusive com baixas na base aliada, o Palácio do Planalto amanheceu nesta quinta-feira (6) com mais uma péssima notícia: pesquisa Datafolha mostra que, com 71% de reprovação, a presidente Dilma superou as piores taxas registradas por Fernando Collor no cargo, às vésperas de sofrer um processo de impeachment. Para tucanos, o péssimo desempenho é fruto do estelionato eleitoral, do desgoverno e da incompetência que marcam a atual gestão.

Ao longo da manhã, por meio das redes sociais, deputados do PSDB comentaram a desastrosa avaliação popular da presidente.  “Governo Dilma está perto do fim! A petista já supera Collor em reprovação, segundo o Datafolha”, destacou o líder tucano na Câmara, Carlos Sampaio (SP).

“O PT é muito slogan e pouca gestão”, escreveu Lobbe Neto (SP) após citar os principais números do levantamento.  “Pesquisa Datafolha confirma o que todo brasileiro já sabe” , completou Paulo Abi-Ackel (MG), enquanto Nilson Leitão (MT) resumiu: “Datafolha: rejeição de Dilma recorde, 71%, é justo com o ‘171’ aplicado nos brasileiros”, ironizou ao se referir ao artigo do Código Penal que trata do estelionato.

“Dilma conseguiu ter uma aprovação menor do que a do ex-presidente Collor. Fruto dessa gestão nefasta do PT há 12 anos no poder”, avaliou Vitor Lippi (SP).

CRISE NA BASE ALIADA – Fazendo um análise mais ampla, o vice-líder Daniel Coelho (PE) disse que o país vive uma crise profunda. “O governo perdeu as mínimas condições de articular uma saída para isso. Perderam a base, a confiança do Congresso e da sociedade. Cabe aos partidos chegarem a um entendimento para o Brasil daqui pra frente. Não dá mais para conversar com este governo e com o PT. Eles não param de fazer demagogia e de mentir”, afirmou ao alertar que este quadro afeta o cotidiano dos brasileiros.

Em entrevista à TV Band, o deputado Vanderlei Macris (SP) avaliou a dificuldade de articulação do governo Dilma. “Nós estamos vendo aqui no Congresso Nacional uma total desagregação da base aliada, que já não tem mais nenhum tipo de compromisso com o governo na votação das matérias importantes para o país”, disse.

À “Folha de S.Paulo”, outros deputados do PSDB avaliaram a situação. Para Jutahy Junior (BA), o Planalto percebeu a gravidade do cenário. “Infelizmente, temos uma presidente que não tem liderança para atravessar a situação”, declarou.

Segundo o líder da Oposição, Bruno Araújo (PE), a cadeira presidencial está vazia. A declaração do vice-presidente Michel Temer – acrescentou o líder – de que o Brasil precisa de “alguém com capacidade de reunificar a todos” mostra que a presidente não governa mais. “Dilma conseguiu transformar o cargo mais importante da Nação “em mero posto simbólico”, sentenciou o parlamentar.

A seu ver, faltou Dilma assumir que mentiu para a população ao vender um mundo cor de rosa e esconder os graves problemas econômicos que seu governo criou. “Não adiantou a presidente atribuir ao Congresso e à conjuntura internacional a crise em que jogou o Brasil, ela é a grande culpada”, apontou acrescentando que Dilma foi a nocaute por si mesma.

APELO TARDIO – Na quarta-feira, o governo Dilma foi derrotado na PEC 443, que trata da remuneração de profissionais de carreiras jurídicas, e assistiu ao anúncio de rompimento do PDT e do PTB com o Palácio do Planalto. A situação é tão crítica que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), reconheceu que o país enfrenta uma crise política e econômica e, em tom grave, fez um apelo para que o Congresso ajude a unificar o país. O chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, também conclamou um acordo “suprapartidário” em nome da estabilidade do país.

No entanto, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que, se Dilma não consegue reunir a própria base de apoio em torno de seus projetos, não tem “autoridade para cobrar solidariedade da oposição”.

(Da redação)

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6 agosto, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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