Educação


Simplificação das avaliações do ensino superior é defendida em reunião da subcomissão presidida por Vecci

Reunião Subcomissão Permanente Indicadores e Qualidade da Educação - dia 14 de julho (1)A necessidade de se criar um novo modelo simplificado de avaliação do ensino superior foi um dos temas centrais debatidos durante reunião da Subcomissão Permanente Indicadores e Qualidade da Educação, ocorrida na tarde de terça-feira (14). Apesar de os processos de avaliações terem evoluído nos últimos anos, o presidente da subcomissão, deputado Giuseppe Vecci (GO), alertou que a burocratização e a ausência de novas medidas de análise impedem a obtenção de resultados mais satisfatórios sobre a qualidade da educação superior no Brasil. 

“A simplificação é necessária, mas ela deve ser realizada mantendo a essência do processo, criando um novo modelo que possa agilizar e desburocratizar a obtenção dos resultados”, disse o parlamentar, acrescentando ainda que o processo traria economia de tempo e custos. 

Além disso, Vecci afirmou que é preciso pensar em novas medidas de avaliações que levem em consideração as diferenças e especificidades de cada curso, como na área de tecnologia, humanas e pesquisas em geral. O deputado voltou a defender também a criação de um sistema de avaliação do professor. “Antigamente, a estrutura física da instituição era avaliada. Atualmente, o curso e o aluno são avaliados. Porém, devemos também avaliar o professor de forma periódica e contínua, pois é incontestável que a qualidade do professor influencia na formação do aluno”.

 Representantes da área que participaram da reunião endossaram a posição do tucano e levantaram também outros pontos que precisam ser aprimorados no ensino superior. Foram discutidos dados sobre os programas de pós-graduação stricto sensu e seu desempenho conforme a avaliação/pontuação aferida pela instituição. O diretor de Programas e Bolsas no País, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Márcio de Castro Filho, afirmou que a instituição concede 15 mil títulos de doutor por ano, e lembrou que se o curso não atinge a nota mínima, ele é fechado. Márcio disse que há dificuldade em se realizar as avaliações, uma vez que é preciso ter um grande contingente de avaliadores. “Em 2013, a instituição mobilizou 1.200 consultores para avaliar os programas”, lembrou. 

O representante da Comissão Nacional de Avaliação de Ensino Superior (Conaes), professor Joaquim Neto, citou o crescimento vertiginoso das universidades do país e os exames que avaliam o estudante no ingresso e na saída do curso superior, como o Exame do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Embora sejam indicadores fundamentais para a análise da qualidade da instituição e do desempenho do aluno, eles não constam no histórico escolar.  

Também participaram da reunião os deputados Ságuas Moraes (PT-MT) e Josi Nunes (PMDB-TO), Reginaldo Alberto Meloni, do Conaes; Janaina Ma, do Inep; além de Ricardo Martins e Manoel Morais, consultores da Câmara dos Deputados.

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15 julho, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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