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A pedido de Marchezan, Mercadante debaterá crise da indústria naval no dia 5 de agosto

Presidida pelo PSDB, a Comissão de Minas e Energia aprovou nesta quarta-feira (15) requerimento do deputado Nelson Marchezan Junior (RS) que pede a realização de audiência pública com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizo Mercadante,  para discutir a crise da indústria naval no país. Por acordo, o pedido de convocação foi transformado em convite após o líder do governo na Câmara ter ido à comissão e assegurado que o ministro participará do debate no próximo dia 5 de agosto.

Em 21 de maio, a comissão promoveu uma audiência sobre o tema na qual estava prevista a participação de Mercadante, mas o ministro não apareceu. Desta vez a expectativa é de que ele compareça para debater um tema que interessa a vários estados e municípios e dezenas de trabalhadores. Na reunião desta quarta, Marchezan lembrou a ausência e manifestou expectativa de que finalmente uma autoridade do primeiro escalão do governo vai dar satisfações sobre investimentos e perspectivas para o setor.

Marchezan alertou para a paralisia dos investimentos em virtude da falta de crédito. Citou, por exemplo, a situação de São José do Norte (RS), onde a prefeitura fez investimentos em infraestrutura e chegou a realizar concurso para saúde e educação, mas as expectativas acabaram frustradas.

No requerimento, o deputado do PSDB lembra o cenário otimista traçado pela Petrobras no início do ano passado – a estatal é a principal responsável pelo grande avanço da indústria naval nacional e pelo desenvolvimento econômico de diferentes regiões do país.  A previsão era de investir US$ 100 bilhões no setor entre 2012 e 2020.

No entanto, a crise que atinge a Petrobras se reflete também na indústria naval brasileira, atingindo estaleiros espalhados por todo o território nacional. Segundo o Sinaval (Sindicato da Indústria Naval), só em janeiro deste ano foram cortados três mil postos.  “A solução da questão deve passar por alocação de novos recursos, considerando, vale dizer, os compromissos políticos assumidos pelo governo federal com o setor”, cobrou o tucano.

Além de Mercadante, o tucano destaca a importância das presenças do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, face os reflexos que a estatal acarreta na situação econômico-financeira das empresas envolvidas;  e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tendo em vista se tratar do agente financeiro responsável pelos repasses financeiros contratados. A reunião contaria, também, com a presença do Sinaval. 

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)