Reoneração da folha

Para Kaefer, é absurdo aumento de impostos para empresas em cenário de desemprego em alta

O deputado Alfredo Kaefer (PR) foi à tribuna nesta sexta-feira (26) para criticar a aprovação do projeto do governo Dilma que reonera a folha de pagamento de empresas de mais de 50 setores da economia. Conforme os tucanos alertaram ao longo da semana, a proposta aumenta a carga tributária e provocará desemprego.

“É um absurdo total que, no momento em que o desemprego caminha para um nível de dois dígitos,  aumentam a carga tributária sobre folha de pagamento, inviabilizando alguns setores, tirando a competitividade de outros e fazendo algo que é extremamente nefasto: dar insegurança jurídica”, reprovou Kaefer.

Para o tucano, houve uma “puxada de tapete” de alguns empresários que foram seduzidos pelo governo em 2011, quando houve a desoneração. “De repente, o governo enxerga que deixa de arrecadar uma quantidade expressiva de recursos e diz: ‘Vamos voltar atrás’. E como ficam aquelas empresas que fizeram um planejamento, as que usaram esse redutor de custo para serem competitivas?”, questionou.

Caos econômico – Para o deputado, a aprovação do projeto pela Câmara é um dos ingredientes do “caos econômico” para o qual o país caminha, com elementos como inflação rumo a 10% e taxa Selic entre as mais altas do mundo – provocando efeito cascata nos juros de cartão de crédito e de cheque especial. “Um caos econômico que faz o governo levantar mais ainda a carga tributária, um caos econômico que nos sinaliza uma retração de 2%, que a gente não sabe que fim vai levar”, alertou.

O parlamentar do PSDB espera que o Senado corrija o que chamou de equívocos  aprovados na Câmara.  “Que a gente possa ter, eventualmente, no mínimo, se não mantivermos as alíquotas anteriores existentes, um aumento linear, numa proporção menor, em que a gente possa ficar fora dessa escolha de Sofia que ajudamos a patrocinar, que é deixar alguns sobreviverem e simplesmente decretar a morte de outros”, defendeu.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola)