Segurança em risco


Macris cobra esclarecimentos sobre possível viagem de ministros em cabine de avião sem autorização

O deputado Vanderlei Macris (SP) pediu explicações ao governo federal nesta terça-feira (23) sobre um tumulto ocorrido em voo da Gol que seguia de São Paulo a Brasília (DF) na mesma manhã. Segundo informações ainda não confirmadas, dois ministros voaram durante todo o percurso na cabine da aeronave sem autorização oficial, causando grande atraso na decolagem e protesto dos passageiros.

No Plenário da Câmara, o tucano anunciou que também apresentará requerimentos de informação extrapauta nas comissões de Viação e Transportes e Fiscalização Financeira e Controle da Casa pedindo esclarecimentos ao ministro da Defesa, Jaques Wagner, e ao presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Marcelo Guaranys. O parlamentar, que estava no voo 1436 da companhia Gol, disse que não foi informado aos demais passageiros quais autoridades estavam a bordo e, por qual motivo voariam na cabine, o que causou alvoroço. Ainda segundo Macris, agentes da Polícia Federal foram acionados para administrar o tumulto.

Após o ataque terrorista às torres gêmeas nos Estados Unidos em 2001, as regras de voo foram amplamente debatidas e praticamente todos os países proibiram o acesso de pessoas estranhas à tripulação nas cabines. “Desde o ocorrido não é permitido que qualquer cidadão tenha acesso à cabine. É um risco aos demais passageiros e, também, à população em terra”, destaca o parlamentar.

Devido ao fato, Macris cobra explicações sobre o motivo de os dois passageiros não terem voado nos assentos convencionais e se o comandante da aeronave procedeu de maneira adequada ao permitir a presença deles na cabine durante todo o voo. O deputado também solicita a cópia do Relatório Informativo (Relin) do comandante da aeronave sobre o acontecido, documento redigido quando um incidente importante acontece durante uma viagem.

“O transporte aéreo tem regras gerais que proporcionam segurança e que, portanto, precisam ser cumpridas. Quando não, é preciso ser apurado”, ressaltou Macris.

(Da assessoria do deputado/Foto: Alexssandro Loyola)

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24 junho, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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