Pátria Educadora?


Aprovada moção de indignação apresentada por Max Filho contra cortes na Educação

18686445181_9199c05380_kA Comissão de Educação da Câmara aprovou nesta quarta-feira (17) moção  apresentada pelo deputado Max Filho (ES) que manifesta indignação com o contingenciamento de R$ 9,4 bilhões no Orçamento  do MEC. “O slogan ‘Pátria Educadora’ não resistiu ao primeiro esboço de uma política de ajuste fiscal. Os cortes anunciados atingem de forma cruel a educação brasileira, cujo ministério foi o terceiro mais atingido, atrás apenas das pastas de Cidades e da Saúde”, diz trecho do documento ao lembrar o lema oficial do 2º mandato da petista.

Apenas um deputado votou contra: Pedro Uczai (PT-SC).  O documento será encaminhado aos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Educação, Renato Janine Ribeiro; e da Fazenda, Joaquim Levy. De acordo com a moção, a crise na educação já estava escancarada e  a política de cortes apenas veio sacramentar uma situação que já apresentava contornos e resultados dramáticos.

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“Vários programas da pasta já apresentavam resultados críticos e os cortes anunciados vão aprofundar a crise”, alertou Max, que logo em seguida enumerou vários problemas em iniciativas como Enem, Fies e Pronatec (confira abaixo).  

Para o tucano, este quadro precisa ser enfrentado como prioridade nacional, o que não será realidade com os “números dramáticos” do corte anunciado pelo governo federal.  A tesourada ameaça as expectativas criadas pelo esforço dos educadores e daqueles que militam pela educação no Brasil, além de colocar em risco a política de financiamento do setor, avalia o parlamentar.

Exemplos da incompetência petista no setor

Enem em xeque: ano após ano o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) demonstra a incompetência do MEC para realizar uma avaliação segura e confiável.  “Fraudes, violações do sigilo de provas e dúvidas sobre a correção representam um imenso cabedal de problemas, agravados com o descumprimento da promessa de realização de dois exames por ano”, diz o texto do tucano.

Falência do Pronatec:  usado como o grande carro-chefe da última campanha eleitoral, o programa entrou em um “quadro falimentar” já no inicio de 2015. Atraso no repasse de recursos, cursos deixando de ser ofertados, matrículas não oferecidas e quebra de expectativas de alunos, professores e escolas são os principais problemas.

Fies exclui milhares: os problemas neste início de ano com o financiamento estudantil também demonstram incompetência. “Os estudantes cumpriram verdadeira via crucis tanto para renovar os seus financiamentos como para ter acesso a novos. E quase 200 mil alunos ficaram fora do Fies”, aponta o documento.

(Da redação/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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17 junho, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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