Ilegal?


Comissão de Transportes promove na 5ª audiência proposta por Kaefer para debater aplicativo Uber

6964783426_907a9e69b2_zPor iniciativa do deputado Alfredo Kaefer (PR), a Comissão de Viação e Transportes da Câmara promoverá nesta quinta-feira (18) audiência pública  para discutir a legalidade do aplicativo de transporte Uber. O sistema, que permite a prestação do serviço de motorista, é acusado por taxistas de “concorrência desleal”.

A polêmica em torno do app é que ele viola a Lei 12.468/2011, que reserva aos taxistas o direito de explorar o serviço de transporte individual remunerado de passageiros. No Brasil, hoje, o Uber opera em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

O tucano ressalta que o aplicativo norte-americano vem sendo usado em grandes capitais, mas ainda não tem regulamentação “Quem deve fiscalizar? A ideia de ‘transporte público individual’ abrange os motoristas do Uber ou precisamos de novas categorias jurídicas?”, questionou o parlamentar.

Sindicatos de taxistas protestam contra o Uber e dizem que o serviço é ilegal. Eles argumentam que a legislação brasileira afirma que somente taxistas podem utilizar veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o “transporte público individual remunerado de passageiros”.

De acordo com Kaefer, taxistas possuem alvará para funcionamento, pois se trata de uma concessão pública municipal. “Já os profissionais do aplicativo não são cadastrados e nem autorizados pelo Estado para exercerem a função. Logo, estão trabalhando de forma ilegal e prejudicando a categoria dos taxistas, devidamente autorizadas para atuar com transporte privado e que recolhem os impostos previstos em lei”, ponderou o deputado.

O parlamentar acredita que a tecnologia deve ser utilizada para facilitar o dia a dia da população, mas desde que os prestadores de serviço sejam reconhecidos pelos órgãos públicos. Representantes do app sustentam que o dispositivo é legal, pois não se encaixa na definição de “transporte público individual”.

“Não existe controle nenhum de quem está oferecendo o serviço de ‘carona paga’, além do fato de desestruturar toda uma classe de trabalhadores, que têm suas profissões regularizadas através de Lei própria”, concluiu Alfredo Kaefer.

(Da assessoria do deputado, com alterações/Foto: Alexssandro Loyola)

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16 junho, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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