Demora que custou caro ao país
“Após 12 anos o PT descobriu que esse é um caminho positivo para o país”, diz Vecci sobre programa de concessões de Dilma
O deputado Giuseppe Vecci (GO) observou que o novo pacote de concessões, lançado nesta terça-feira (9) pelo governo federal, só reforça o que ele tem dito desde o início do mandato sobre a necessidade de a gestão abrir caminho para o investimento privado em obras de infraestrutura no Brasil. Essa solução mais que bem-vinda, e há muito defendida pelo PSDB e sempre criticada pelo PT, fez parte, inclusive, de um dos discursos proferidos por Vecci na Câmara dos Deputados.
Para o deputado Vecci, a demora do governo em tomar essa decisão fez o Brasil perder mais de uma década em infraestrutura e desenvolvimento. Em ferrovias, por exemplo, houve zero de novos projetos nos últimos três anos, roubando a competitividade do país. “O PT ficou 12 anos fazendo crítica ao governo de Fernando Henrique Cardoso porque ele fez concessões e privatizações. E agora descobriram, depois de 12 anos, que esse é um caminho positivo para o processo de desenvolvimento do país. No interesse público, as concessões são importantes”, defende.
Com o anúncio do novo pacote de concessões, o governo quer reanimar a economia com investimentos de R$ 198,4 bilhões em rodovias, aeroportos, portos e ferrovias. “Hoje nós precisamos de investimento. O investimento é o que move, ele tem efeito multiplicador na economia. Quando o empresário investe, isso gera empregos, gera impostos, gera condições de melhoria da qualidade de vida”, avalia o deputado.
Apesar de ver com bons olhos a iniciativa do governo federal, Vecci espera que esse novo pacote seja realmente colocado em prática, visto que uma medida semelhante foi anunciada em 2012 e não obteve êxito, principalmente na concessão de ferrovias e portos. “Algumas concessões têm ocorrido de forma tímida, lenta e pouco eficiente”.
Papel de regulador – Ainda sobre as concessões, Vecci, que é economista, defende que o Estado precisa assumir o papel de regulador e deixar que a iniciativa privada invista em obras. “A China é comunista politicamente, mas desde a década de 1980 atraiu o capital do mundo inteiro para se modernizar. No Brasil, não. Parece que o capital da iniciativa privada é ruim. O Estado tem que estar no papel mais de regulador, do leme da economia, enquanto a iniciativa privada executa, porque ela tem recursos para isso”.
(Da assessoria do deputado/Foto: Alexssandro Loyola)
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