Arrocho fiscal


Tucanos lamentam aprovação de propostas de Dilma que retiram direitos dos trabalhadores

Mosaico (1)Deputados do PSDB lamentaram nesta quinta-feira (28) o resultado final da votação das medidas provisórias que retiram direitos dos trabalhadores. As MPs 664 e 665 tiveram suas apreciações concluídas nesta semana pelo Senado após a aprovação na Câmara. Nas duas Casas os tucanos lutaram contra as propostas, comandaram protestos e votaram pela rejeição das medidas. Apesar do esforço da oposição, o governo conseguiu empurrar para os brasileiros os prejuízos pelos erros na condução da economia e pela má gestão, incompetência e corrupção.

Com a aprovação das novas regras, ficará mais difícil para os brasileiros conseguir ter acesso ao seguro desemprego, seguro defeso, pensão por morte e abono salarial. O senador Aécio Neves (MG) garantiu que o PSDB não faria um ajuste dessa forma. “A responsabilidade exclusiva pela dureza dessas medidas é da presidente da República e de seu governo”, resumiu.

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Na avaliação do deputado João Campos (GO), o sentimento que fica é de traição por parte de um partido que diz ser dos trabalhadores. “As duas MPs representam prejuízo para a sociedade, pois vêm na esteira de mitigar direitos sociais, previdenciários e trabalhistas. Por isso o PSDB ergueu com toda força a bandeira de defesa da sociedade, especialmente dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que o PT assumiu a postura de trair o trabalhador”, apontou.

Segundo o tucano, por causa do desgoverno petista o Brasil passa por um momento que realmente exige adaptações. “Os ajustes são necessários por causa da péssima gestão do governo do PT, da incompetência, da corrupção. Mas o cidadão não pode pagar essa conta”, criticou. Para Campos, a única vitória que a sociedade obteve com a votação das MPs do ajuste fiscal foi o fim do fator previdenciário, conseguida com o esforço do PSDB.  

O deputado Betinho Gomes (PE) lamentou que todas as medidas apresentadas para tentar reequilibrar as contas tenham sido pensadas de tal forma a penalizar o cidadão, que não tem culpa pelos devaneios do governo do PT. Ao invés de “cortar na carne”, Dilma optou pelo caminho do aumento de impostos ou da retirando direitos, como é o caso das duas MPs.

O parlamentar destacou a postura do PSDB diante das propostas do governo. “O partido adotou uma postura muito firme mostrando que se estivesse no poder não usaria esses métodos. A bancada se posicionou claramente mostrando que dava para construir uma alternativa. Se o governo começasse pelo dever de casa, reduzindo os gastos com a máquina pública já seria um bom início”, explicou.

Segundo Betinho, o desemprego já é crescente e não é justo que o cidadão sofra ainda mais essa penalização. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego subiu nos três primeiros meses deste ano e chegou a 7,9%, o equivalente a 7,9 milhões de pessoas.

No dia 13 de maio, oposição protestou durante a votação de uma das MPs que retiram direitos trabalhistas e contrariam a promessa de Dilma de que não faria alterações trabalhistas nem que a vaca tossisse.

No dia 13 de maio, oposição protestou durante a votação de uma das MPs que retiram direitos trabalhistas e contrariam a promessa de Dilma de que não faria alterações trabalhistas nem que a vaca tossisse.

De acordo com Nilson Pinto (PA),mesmo com a crescente perda de empregos, redução do poder de compra e os aumentos de impostos já promovidos pelo Planalto, o governo optou por dificultar ainda mais a vida dos brasileiros. “As medidas aprovadas representam uma transferência de responsabilidade. Os problemas atuais foram causadas pelo próprio governo por sua gestão desastrosa”, disse.

O parlamentar paraense avalia que Dilma, praticando um estelionato eleitoral, deixou para mostrar a realidade das contas do país depois das eleições, pois caso contrário não teria vencido o pleito, e ainda jogou a conta para a sociedade pagar. Durante a disputa eleitoral, a petista chegou a dizer que não mexeria em direitos trabalhistas nem que a vaca tossisse.

“Em vez de cortar na própria carne preferiu cortar na carne dos menos favorecidos. Infelizmente não foi possível [impedir a aprovação das medidas], mas a população reconhece o esforço feito pelo PSDB, pois é a liderança claramente comprometida com os interesses da sociedade”, destaca Nilson. Segundo ele, o arrocho aos trabalhadores e cidadãos em geral apenas servirá para aumentar, ainda mais, o grau de frustração da população em relação a presidente Dilma. “Ninguém mais aguenta tudo isso”, resumiu.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola / Áudio: Hélio Ricardo)

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28 maio, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Arrocho fiscal”

  1. Antonio Rodrigues de Oliveira disse:

    Vejo esta atitude, como de um Partido que administra o Pais como se fosse o seu Partido e acaba tomando atitudes desta forma, jogando para a População as contas de um grupo corrúpto e incompetente e que demorou para toda a População criar coragem e pedir o empítima deste Partido, não só da Presidente

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