Pelo afastamento da presidente


Oposição recebe movimentos de rua para apresentação do pedido de impeachment de Dilma

Manifestantes chegaram ao gramado em frente ao Congresso no início da tarde desta quarta-feira.

Manifestantes chegaram ao gramado em frente ao Congresso no início da tarde; lideranças dos principais movimentos foram recebidas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para quem entregaram a ação contra a presidente da República.

Um dia após a entregarem à Procuradoria Geral da República representação na qual pedem a abertura de investigação contra Dilma, parlamentares da oposição receberam os movimentos de rua que protocolaram, nesta quarta-feira (27), o pedido de impeachment da presidente da República. Vários deputados tucanos acompanharam as lideranças na entrega da petição ao presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Segundo o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), a ação de iniciativa popular complementa a solicitação de investigação contra a presidente apresentada  à PGR. “Os dois movimentos são complementares. Ambos têm o mesmo intuito: o afastamento da presidente da República”, explicou.

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O pedido de impeachment é embasado em pareceres de juristas renomados e foi entregue junto a cerca de 1 milhão de assinaturas de cidadãos de todo país. A informação foi dada por Renan Santos, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL). Segundo ele, caberá agora aos cidadãos inconformados pressionar o Congresso para que haja o acolhimento da proposta, a apreciação e aprovação.

Um dos fundamentos jurídicos do pedido é a “pedalada fiscal” do governo Dilma, que consiste no atraso do repasse de dinheiro do Tesouro Nacional aos bancos públicos. Segundo Kim Kataguiri, também do MBL, o fato de receberem a garantia de que a proposta será estudada já é uma vitória para a sociedade brasileira. “Essa é uma segunda etapa que complementa as manifestações populares ocorridas em março e abril”, disse.  Aos 19 anos, Kataguiri faz parte do grupo que caminhou por um mês de São Paulo a Brasília para se manifestar contra Dilma e apresentar o pedido de impeachment.

Argumentos sólidos – De acordo com Carlos Sampaio, os movimentos sociais levaram para o Congresso Nacional a indignação de todo o país contra um governo marcado pela mentira e a corrupção. “E por ser um pedido que tem argumentos jurídicos fortes, o presidente da Câmara já deixou claro que vai ter que se debruçar para decidir sobre o acolhimento. Ele vai ter que submeter a voto e o Brasil vai querer saber quais os deputados que votaram contra ou a favor do impeachment”, destacou.

Antes da formalização do pedido, dezenas de manifestantes se concentram em frente ao Congresso com faixas, cartazes, bandeiras do Brasil, faixas e balões verdes e amarelos. Ao som do hino nacional cobraram a saída de Dilma e uma postura firme do Congresso diante dos desmandos do governo petista. Os parlamentares do PSDB desceram a rampa de acesso ao Congresso e foram ao encontro dos manifestantes.

Junto aos representantes do movimento, os tucanos adentraram o Salão Negro e foram à Presidência da Câmara. Diante do embasamento jurídico do pedido, o peemedebista decidiu não arquivar a proposta, como já havia feito com outros pedidos. Cunha deverá submeter a ação à sua assessoria técnica e jurídicas para decidir se acatará o pedido ou não. Caso haja o acolhimento, o pedido de impedimento de Dilma será levado a votação no plenário da Casa.

 (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)  

 

 

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27 maio, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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