"Corredômetro"
Raimundo Matos promoverá seminário em Fortaleza sobre crise na saúde pública
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou requerimento do deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) para realização de seminário, em Fortaleza, para debater com membros do colegiado a crise instalada na saúde pública do Ceará. O evento será precedido por visitas técnicas ao Instituto Dr. José Frota (UF) e ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Segundo Raimundo Matos, no Ceará, a crise na saúde pública vem se agravando ao longo dos anos, mas em 2015 ganhou maior visibilidade quando a nova diretoria do Sindicato dos Médicos (Simec), por meio de sua presidente Mayra Pinheiro, lançou no dia 21 de abril o “corredômetro”. “Desde então, profissionais de plantão fazem a contagem de pacientes em atendimento precário ou à espera de atendimento, a exemplo de soro sendo pendurado na parede com prego e crianças “internadas” embaixo de um telefone público”, explica o deputado.
O tucano avalia ser necessária a discussão sobre esse caos instalado no sistema de saúde e ressalta que, com cortes orçamentários anunciados pelos governos federal e estadual, a conta para reverter esse quadro ficará cada vez mais distante. Segundo ele, as 882 vagas existentes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todo o Ceará não conseguem atingir o mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, que é de pelo menos 4% do total de leitos em hospitais. “Desta forma, são 150 leitos a menos para adultos somente no estado. Cabe ressaltar que, nos últimos quatro anos, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), 88 leitos obstétricos, 436 pediátricos e 255 de outras especialidades foram desativados no Ceará”, alerta.
Serão convidados a participar do evento o secretário de Saúde do Ceará; o secretário municipal de Saúde de Fortaleza; diretores dos hospitais da rede pública e Santas Casas do estado; procurador do Ministério Público Federal e Estadual; a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); deputados estaduais; vereadores de Fortaleza; e os presidentes dos sindicato dos médicos do Ceará e de Fortaleza.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)
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