Foi para o México


Deputados questionam ausência de Dilma à marcha dos prefeitos em meio à crise dos municípios

Da tribuna, deputados do PSDB questionaram nesta terça-feira (26) a ausência de Dilma à XVIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que reúne centenas de prefeitos de todo o país. Entre as demandas apresentadas pelos Rocha - Matosgestores locais, estão o acúmulo de responsabilidades sem a contrapartida financeira e a necessidade urgente de reformulação do pacto federativo. Enquanto as prefeituras pedem socorro no centro político do país, Dilma foi para o México.

Para Rocha (AC), o comportamento da petista é um “fato extremamente grave”. “De novo ela virou as costas para as prefeituras, justo ela que foi, em boa parte, responsável por essa crise e geradora dos problemas enfrentados pelos prefeitos”, reprovou o tucano. O parlamentar levantou duas hipóteses para a ausência da presidente. “Ou ela não esta preocupada com a grave situação dos municípios ou não tem coragem de enfrentar os prefeitos e assumir sua parte na culpa.”

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Onde está Wally? – Já o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) destacou uma conversa com o deputado Tiririca (PR-SP) na qual foi lembrada a série de livros infantis “Onde está Wally?”, criada por um escritor britânico e que faz muito sucesso entre as crianças.

“Os prefeitos questionam: cadê a presidente? Cadê o [ministro da Fazenda] Levy?”, disse Gomes de Matos. Para o tucano, é preciso de coragem para enfrentar as adversidades, algo que a petista não está fazendo. O deputado questionou a falta de uma série de ações que deveriam ser adotadas, como o aumento do teto do SUS, a garantia do dinheiro do Fundeb e a compensação pelas perdas com a Lei Kandir aos estados exportadores.

Segundo ele, o próprio governador do Ceará, que é petista, apresentou no fim de semana dados que mostram a falta de compromisso dos governos  Lula e Dilma com o pacto federativo. 

Crise inédita – Na abertura do evento, nesta terça-feira, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse que nunca presenciei uma crise tão grande como a de agora. O evento vai até quinta-feira (28). “A crise não é apenas econômica e sim estrutural, e o pior, ela se aprofunda a cada ano”, alertou.

Segundo ele, o corte de R$ 21 bilhões de emendas parlamentares somado ao ajuste fiscal impactam diretamente nos municípios. Além disto, os chamados “Restos a Pagar” somam R$ 35 bilhões. Com isso, mais de 60 mil obras estão paradas nos municípios, prejudicando a gestão, a população e os empresários.

(Reportagem: Marcos Côrtes/ fotos: Alexssandro Loyola)

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26 maio, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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