Veto lamentável
Brasileiros precisam saber como dinheiro do BNDES é usado no exterior, cobra Kaefer
O deputado Alfredo Kaefer (PR) lamentou o veto da presidente Dilma à emenda de sua autoria que garantia mais transparência aos empréstimos e financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Aprovada na Câmara e o Senado, a proposta foi barrada nesta sexta-feira (22) pela petista.
A emenda proibia a instituição de se recusar a fornecer informações sobre operações de empréstimo com base em sigilo contratual, inclusive financiamentos para obras no exterior. Entre as obras bancadas pelo banco de fomento está a construção do Porto de Mariel, em Cuba, e o repasse, revelado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, de US$ 5,2 bilhões para a exportação de bens e serviços para Angola.
“Todos os brasileiros gostariam de saber onde foram aplicados bilionários recursos em diversos lugares do planeta. Não sabemos exatamente onde, quanto, como e de que forma esse dinheiro foi usado”, disse o tucano. Ele explica que o BNDES é alimentado inclusive por verbas do Tesouro Nacional e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), por isso a sociedade merece conhecer o destino do dinheiro.
A decisão da presidente foi divulgada no Diário Oficial da União. No texto, Dilma justificou o veto com o argumento de que a divulgação “feriria sigilos bancários e empresariais e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços, já que evidenciaria aspectos privativos e confidenciais da política de preços praticada pelos exportadores brasileiros em seus negócios internacionais”.
Kaefer ressalta que a emenda não fere o sigilo. Segundo ele, organismos multilaterais que financiam obras em outros países, como o Banco Mundial, apresentam com clareza as informações de suas operações. “Ela poderia sim permitir que o BNDES abrisse os dados. Lamentavelmente, essa não é a transparência de que tanto precisamos”, afirmou.
Apesar de divulgar na internet informações sobre as transações feitas no Brasil, como o valor dos financiamentos e o nome das empresas, o banco mantém sigilo sobre operações realizadas no exterior e sobre a taxa de juros aplicada.
Plenário do Senado aprova emenda do deputado Kaefer que abre a caixa preta do BNDES
(Da Redação com informações de Veja.com/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)
ISSO É ANTIGO!!!
Desde 1889 se discute a mesma coisa, porém, a corrupção não pertence ao político, muito menos ao povo. Trata-se de uma forma de governo perversa que nos leva a corrupção.
A Falta de separação entre Estado e Governo prejudica seriamente as instituições Democráticas no Brasil. Por quê? Quem deveria garantir a democracia, os órgãos de Estado, freqüentemente a sacrifica em prol dos interesses de governo.
Logo, se quisermos que o Brasil se torne um país sério, é indispensável separar o Estado do governo. Para tanto podemos optar pela monarquia parlamentarista. “Segundo as estatísticas recentes, ela é mais eficiente na administração de um país por ser melhor prestadora de serviços públicos, democráticos e eficazes no combate à corrupção, além de barata para o contribuinte.”
Nada elucida melhor o assunto quanto a ser outros tempos e outra gente, do que aqui inserir um trecho do artigo publicado em 1918 e de autoria de Monteiro Lobato, intitulado D. Pedro II.
…”O fato de existir na cúspide da sociedade um símbolo vivo e ativo da Honestidade, no Equilíbrio, da Moderação, da Honra e do dever, bastava para inocular no país em formação, o vírus das melhores virtudes cívicas. O Juiz era honesto, se não por injunções da própria consciência, pela presença da Honestidade no trono. O político visava o bem público, se não por determinismos pessoais, pela influência catalítica da virtude Imperial, As respiravam, a oposição possibilizava-se: O Chefe Permanente das Oposições, estava no Trono. A justiça era um fato: havia no Trono um juiz supremo, incorruptível. O peculatário, o defraudador, o político negocista, o juiz venal, o soldado covarde, o funcionário relapso, o mau cidadão, enfim, e mau por força de pendores congeniais, passava muitas vezes a vida inteira sem incidir num só deslize. A natureza o propelia ao crime, ao abuso, à extorsão, à violência, à iniqüidade mas sofreava as rédeas aos maus instintos, à simples presença da Equidade e da Justiça no trono.
Ignorávamos tudo isso na Monarquia.
Foi preciso que viesse a república, e que alijasse do trono a Força Catalíca, para patentear-se bem claro o curioso fenômeno.
A mesma gente, – o mesmo juiz, o mesmo político, o mesmo soldado, o mesmo funcionário – até 15 de novembro, honesto, bem intencionado, bravo e cumpridor dos deveres, percebendo a ausência do Imperial Freio, desaçamaram a alcatéia dos maus instintos mantidos em quarentena. Daí o contraste dia a dia mais frisamente entre a vida nacional sob D. Pedro II e a vida nacional sob a curul republicana.
D Pedro II era a luz do baile.
Muita harmonia, respeito às damas, polidez de maneiras, jóias d’arte sobre os consolos, dando o conjunto, uma impressão genérica de apuradíssima cultura social.
Está tudo errado! O povo se organiza em partido político para representá-los no congresso. O Congresso ungido pelo povo é que tem que escolher e fiscalizar quem vai governar o país. Na República Presidencialista o povo elege um presidente que neutraliza todos os outros poderes. Faz o que quer. Pergunto. ONDE ESTÁ O ESTADO?