Valorização profissional

Izalci cobra ministro da Defesa quanto a salários e plano de carreira das Forças Armadas

Representando o PSDB na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN), nesta quarta-feira (20), o deputado Izalci (DF) cobrou um posicionamento do ministro da Defesa, Jacques Wagner, quanto aos salários e plano de carreira – hoje inexistente – dos profissionais das
Forças Armadas. O tucano disse que há anos a categoria não recebe reajustes razoáveis por falta de interesse do governo federal.

Durante audiência pública, Izalci interpelou o ministro sobre o pagamento da dívida de 28,86% com os militares. O tucano, que destinou R$ 20 milhões em emenda parlamentar para que o governo faça a quitação do montante, reclamou que apenas os militares que recorreram à Justiça conseguiram receber os proventos. “Não é justo não pagar aos que não recorreram. Precisamos de um entendimento de como pagar isso. É uma dívida que existe e que o Estado precisa pagar”, defendeu.

O parlamentar ressaltou que Exército, Marinha e Aeronáutica têm papel fundamental na defesa nacional e em diversas ações que vão desde a execução de obras, combate a endemias e promoção da segurança. “Tudo que não se consegue resolver nesse país se chama as Forças Armadas, que precisam de reconhecimento”, cobrou.

Os militares presentes na audiência apoiaram o tucano quando ele pediu ao ministro que reveja os pagamentos da Salário Família, que hoje é de R$ 0,16. “Se não querem pagar, tira logo isso, porque dezesseis centavos não pagam nem a tinta usada pra colocar isso no contracheque”, disse, ao cobrar atenção do governo quanto a benefícios negados como Auxílio Moradia e Auxílio Transporte, principalmente àqueles que são transferidos de estado.

Izalci reclamou da falta de diálogo e de agenda do ministro para atender as demandas apresentadas pelos parlamentares. Após a reivindicação do deputado, Jacques Wagner se dispôs a abrir uma data fixa para receber os deputados. Reconhecendo que há uma defasagem nos salários dos profissionais, o ministro afirmou, porém, que desde 2013 houve aumentos importantes. Nesse momento, o plenário da comissão foi tomado por protestos dos servidores das Forças Armadas, que negaram tal afirmação.  

Segundo Izalci, no governo Fernando Henrique os ajustes eram maiores. Em sua avaliação, os governos petistas têm sido marcados pelo não reconhecimento dos servidores e sucateamento das Forças Armadas.  “Precisamos de uma resposta urgente e não dá mais para ficar dois, três anos sem sequer tocar no assunto”, criticou.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)