Está dura a vida
Políticas e iniciativas do governo do PT tendem a tornar o dia a dia ainda mais penoso, alerta ITV
A Carta de Formulação e Mobilização Política desta sexta-feira (8) faz o alerta: está dura a vida no Brasil e, possivelmente, vai ficar pior. “Políticas e iniciativas do governo tendem a tornar a sobrevivência ainda mais custosa, o emprego bem mais difícil, o dia a dia muito mais penoso”, diz trecho do documento editado pelo Instituto Teotonio Vilela, que completa: “É a inflação que não cede, a fila do desemprego que cresce e o custo do dinheiro mais alto a cada dia, no mesmo momento em que a gestão do PT faz avançar seu arrocho recessivo.” Confira a íntegra:
A inflação brasileira alcançou em apenas quatro meses a meta prevista para o ano todo. Segundo divulgou oIBGE nesta manhã, até abril o custo de vida no país subiu 4,56%, acima, portanto, da meta de 4,5% fixada para 2015. É a mais alta para o primeiro quadrimestre desde 2003.
Neste ano, assim como aconteceu nos últimos quatro, novamente a política econômica irá fracassar em baixar os índices de preços no país. O Banco Central, mais uma vez, promete ter sucesso no combate à carestia – só que, agora, apenas no fim de 2016…
A meta, na realidade, transformou-se em peça de ficção. Nos últimos 12 meses, os preços ficaram 8,17% mais altos em média no país, depois da alta de 0,71% registrada em abril. É a inflação do choque elétrico: a alta da energia – aquela que Dilma Rousseff e o PT diziam que ficaria baratinha – acumula aumento de 60% em um ano.
O remédio amargo para a carestia tem sido o venenoso elixir dos juros elevados. Desde o fim do ano passado, a taxa real tornou-se a mais alta do mundo e deve subir ainda mais, de acordo com o que comunicou o Banco Central por meio da ata relativa à reunião do Copom realizada na semana passada, quando a Selic – aquela que Dilma e o PT juravam que não subiria – sofreu seu quinto aumento seguido e foi a 13,25% ao ano. É “o aperto mais intenso em dez anos”, analisa o Valor Econômico.
Esta combinação tóxica deprime a atividade econômica, afasta investimentos, freia a produção e, pior de tudo, gera desemprego. Ontem o IBGE divulgou que a situação do mercado de trabalhou brasileiro piorou bastante no primeiro trimestre deste ano, e todas as análises apontam para um horizonte ainda mais grave doravante.
A taxa de desemprego atingiu 7,9% no trimestre até março. O índice médio – o mesmo que Dilma e o PT afirmavam que era “o mais baixo do mundo” – já é superior ao de economias que até outro dia estavam na lona. Em casos específicos, como no Nordeste, é ainda mais elevado. Desde dezembro, o contingente de desocupados aumentou 1,5 milhão.
A única resposta que o governo do PT tem a dar a este desarranjo que ele próprio criou é o arrocho recessivo, com perda de direitos trabalhistas, corte de benefícios previdenciários, aumento de impostos e alta de tarifas públicas. Com o torniquete cada vez mais apertado, a asfixia caminha para tornar-se mortal.
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