Proposta segue para Senado


Plenário da Câmara aprova projeto de Tripoli que aumenta penas para agressores de animais

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o Projeto de Lei 2833/2011 de autoria do deputado Ricardo Tripoli (SP). A proposta eleva consideravelmente as penas dos crimes cometidos contra cães e gatos e das práticas que atentam contra a vida, a saúde ou a sua integridade física.

Tripoli agradeceu o apoio dos parlamentares e reiterou que não há mais espaço para atitudes violentas contra os bichos.

Tripoli agradeceu o apoio dos parlamentares e reiterou que não há mais espaço para atitudes violentas contra os bichos.

O texto final do projeto cria tipos penais fundamentais para dar subsídio ao Poder Judiciário, visando efetiva punição de quem mata, abandona, deixa de prestar socorro, promove lutas e expõe a perigo a vida, a saúde e a integridade física de cães e gatos. Quem matar um cão ou gato estará sujeito à reclusão de um a três anos (o texto original previa reclusão de cinco a oito anos). Se o crime for cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel, a pena será aumentada em um terço.

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Deixar de socorrer um cão ou gato em vias públicas ou particulares pode sujeitar o infrator à pena de detenção de um a três anos. O abandono de cães e gatos, um dos maiores dramas enfrentados na maior parte das cidades brasileiras, passa a ser punido com detenção de até um ano. Promover luta entre cães, a cruel rinha, pode levar o infrator à detenção de três a cinco anos. O projeto também inova ao estabelecer como crime o ato de “expor a perigo a vida, a saúde ou a integridade física de cão ou gato”, que pode ser punido com detenção, de três meses a um ano.

O Projeto de Lei 2833/2011 é o início de uma série de normas prevendo penas severas para vários tipos de condutas praticadas contra as diversas espécies. A elaboração da proposta contou com a parceria e colaboração da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA) – Seção São Paulo. Agora, a proposta segue para apreciação no Senado Federal.

Legislação qualificada – Hoje, pela Lei Federal 9.605/98, crimes cometidos contra os animais são considerados, pela pena aplicada (três meses a um ano), de menor potencial ofensivo, e por isso não permitem que agressores sejam punidos com prisão. Com a elevação das penas, os infratores deixarão de prestar serviços à comunidades, ou pagar cestas básicas, como forma de composição de dano, e poderão ser presos pelo cometimento do delito.

Coordenador de Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, o deputado Tripoli agradeceu o apoio dos parlamentares e reiterou que não há mais espaço para atitudes violentas contra os animais. “O projeto vai coibir, de uma vez por todas, atos que atentem contra a vida, a saúde, a integridade física ou mental de cães e gatos, criminalizando de forma severa. A intenção é possibilitar a prisão do agressor e acabar de vez com os maus tratos”, detalhou. Tripoli explica que o projeto é importante pois abrange e pune não só os casos de morte e tortura, mas também os casos de abandono, de falta de assistência.

No encaminhamento da votação, o deputado Daniel Coelho (PE) disse que a proposta traz justiça “pela vida e pelos animais”. O parlamentar também destacou a punição a quem abandonar os animais nas ruas, já que isso se tornou um problema de saúde pública. 

Trajetória – Ativista há 30 anos, Tripoli já aprovou projetos de proteção aos animais, como o Código Estadual de Proteção aos Animais, Lei 11.977/05, em vigor no estado de São Paulo e tem projetos importantes tramitando que visam a garantia das normas de bem-estar animal, difundidas pela União Européia, para as atividades e práticas que envolvam animais.

(Da assessoria do deputado/Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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29 abril, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Proposta segue para Senado”

  1. Carla Kyrillos disse:

    Olá,
    Gostaria de saber o que as pessoas devem fazer caso encontrem um animal doente na rua, ou com fome, ou em vias perigosas…
    Muitas pessoas querem ajudar mas não possuem dinheiro nem local para isso.
    Aqui em Itanhaém, não temos Zoonose nem nenhum órgão que cuide dos animais. Não há castração gratuita nem ninguém para informar qualquer coisa sobre os animais.
    Os protetores de animais fazem o seu melhor, mas vejo que eles também não tem mais espaço nem dinheiro para continuar, visto que em cada cria vem em média 5 filhotes.
    Há bairros que não ando pois não tenho como ajudar e me sinto impotente, me faz mal ver tantos animais abandonados… em pele e osso…
    Tudo piora quando vemos animais maiores, como cavalos, burros e vacas…
    Quem devemos procurar? Quem cuida disso?
    Grata
    Carla Kyrillos
    Comunicarla@gmail.com

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