Perda de direitos
Max Filho critica aprovação de MP que retira direitos de trabalhadores em comissão mista
Sob protesto dos partidos de oposição, a comissão de deputados e senadores encarregada de apreciar a Medida Provisória 665 aprovou nesta quarta-feira (29), por 12 votos a sete, o relatório do senador Paulo Rocha (PT-PA). Segundo o deputado Max Filho (ES), a oposição vai agora tentar derrubar a MP quando for à votação nos plenários da Câmara e do Senado.
“Não vamos dar esse presente de grego ao trabalhador brasileiro”, afirmou Max Filho. A MP 665 estabelece regras mais rigorosas para a concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e de benefícios ao pescador artesanal. Embora o relator tenha reduzido as exigências contidas na MP editada pela presidente Dilma Rousseff, na avaliação do deputado o relatório resulta em perda de direito para os trabalhadores.
Max Filho lamentou que o trabalhador, principalmente o desempregado, seja chamado a pagar a conta do desajuste fiscal promovido pelo governo. No ano passado, lembrou ele, o País registrou o maior déficit da história. “Nunca antes na história deste país as contas públicas fecharam com um rombo tão grande, e eis que, ao assumir o seu 2º mandato, a presidente Dilma elege o trabalhador brasileiro como aquele destinatário final que irá pagar a conta, sobretudo o trabalhador desempregado”, afirmou.
O arrocho fiscal conduzido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, penaliza o desempregado num momento em que a economia brasileira entra em recessão e o desemprego aumenta. “Não é justo, não é razoável”, reclamou o deputado, que apelidou o texto do governo de “medida provisória bovino expectorante”, numa referência as seguidas promessas da presidente Dilma durante a campanha eleitoral de que não mexeria nos direitos dos trabalhadores. “Nem que a vaca tussa”, disse a petista na época. Max Filho disse que não vota a favor da MP “nem que a vaca tussa”.
(Da assessoria do deputado/Foto: Alexssandro Loyola)
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