Maldades contra o trabalhador
Tucanos: covardia e pacote que retira direitos trabalhistas levaram Dilma a cancelar fala de 1º de maio
“A presidente que fez a campanha como ‘Coração Valente’ é a mesma que hoje se esconde do Brasil.” Foi desta forma que o líder da Oposição, Bruno Araújo (PE), apontou a falta de coragem de Dilma de falar ao povo brasileiro por meio da cadeia de rádio e TV alusiva ao 1º de maio na iminência da votação, pela Câmara, das MPs que retiram direitos dos trabalhadores. Para o tucano, ela não tem como explicar esse pacote de maldades, que atinge benefícios como seguro-desemprego e abono salarial.
“É isso que se confirma com esse 1º de maio: a presidente da República correu; a presidente da República fugiu. A Dilma assumiu o coração covarde, que não assume a sua responsabilidade por ter quebrado o país para vencer a eleição e, de forma muito simples, faz com que o trabalhador agora pague a conta”, apontou em discurso. Araújo citou também o rombo bilionário provocado pela corrupção na Petrobras e o desequilíbrio das contas públicas como legados malditos da petista.
Anunciada nessa segunda-feira, a desistência é baseada no medo da petista de amargar um novo panelaço enquanto sua fala fosse exibida. Com índices de popularidade batendo sucessivos recordes negativos, pela primeira vez Dilma não recorre à cadeia de rádio e TV para se dirigir aos brasileiros em uma data simbólica para o Partido dos Trabalhadores. Para o líder da Oposição, a situação é tão complicada que nem o marqueteiro João Santana conseguiria construir um discurso para a petista usar no pronunciamento.
“Eu não tenho dúvida nenhuma de que a presidente Dilma não vai poder falar agora no dia 1º de maio porque ela não tem o que dizer”, resumiu o 1º vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT). Em discurso, o tucano ironizou a bancada petista, que, na semana passada, durante a votação do projeto da terceirização, levou ao Plenário carteiras de trabalho em tamanho ampliado. “Gostaria que o PT as mandasse para a nossa bancada, porque nós vamos levantá-las na sessão em que votaremos contra as medidas provisórias que atrapalham a vida do trabalhador”, disse o tucano ao se referir às MPs 664 e 665.
(Da redação/Imagem e Áudio: Kim Maia)
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