Financiamento sob suspeita
Líder: depoimentos de Youssef e Costa devem comprometer campanha de Dilma
O cerco está se fechando em cima da presidente Dilma Rousseff. Foi dessa forma que o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), avaliou o acolhimento do pedido do PSDB à Justiça Eleitoral para que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa e o doleiro Alberto Youssef sejam ouvidos como testemunhas de acusação no processo contra a diplomação dela. “Vamos aguardar os depoimentos deles, pois os mesmos devem comprometer e muito a eleição da Dilma”, destacou o líder.
A ação foi assinada por Sampaio no ano passado na condição de coordenador jurídico nacional da campanha de Aécio Neves. Youssef e Paulo Roberto Costa, ambos delatores da Operação Lava Jato, terão de esclarecer à Justiça Eleitoral se a campanha da petista foi beneficiada por doações eleitorais a partir do esquema do petrolão.
Apresentada em dezembro do ano passado, a ação do PSDB pede investigação de suposto abuso de poder econômico e político por parte da presidente Dilma e do vice-presidente Michel Temer na campanha do ano passado, com cassação do registro e diploma da chefe do Executivo.
No início da semana passada, o partido recorreu de uma decisão do relator, ministro João Otávio de Noronha, que havia negado pedidos de colheita de provas e inquirição de testemunhas na ação. O ministro, então, reconsiderou a decisão.
Da tribuna, o 1º vice-líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), classificou a decisão do ministro de “uma grande vitória”. “Não temos dúvida nenhuma de que o dinheiro da Lava-Jato, a campanha eleitoral e a campanha política são uma coisa só misturada no mundo do PT. Isso vai ser provado nos próximos dias”, previu Leitão.
(Da redação/Fotos: Alexssandro Loyola)
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