Falácia no "Reuni"

Governo encerra programa sem concluir obras em universidades, reprova Vanderlei Macris

O deputado Vanderlei Macris (SP) criticou, na tribuna da Câmara, o descumprimento do cronograma de obras para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni. “A velha propaganda eleitoreira do PT novamente é exposta em rede nacional, infelizmente, à custa de recursos públicos mais uma vez jogados pelo ralo”, afirmou nesta terça-feira (28).

O tucano citou amostra de avaliação feita pela Controladoria-Geral da União (CGU), a qual mostra que das 72 obras fiscalizadas, 37% não cumpriram nem o cronograma físico e financeiro apresentado. Ou seja, um terço não está totalmente executado. A depender do governo, os empreendimentos não ficarão prontos.

Criado em 2007, o programa tinha o objetivo de ampliar o acesso e a permanência de estudantes na educação superior. As obras criariam novos espaços físicos para atender maior número de alunos. Hoje, as obras estão paradas e as universidades sofrem com o descaso do governo.

Vanderlei Macris diz que há problemas de Norte a Sul do país. Ele cita a construção de dois prédios para o Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, interrompida com pouco mais de 10% da obra executada; obras suspensas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atraso no Hospital de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia e a paralisação da obra do prédio para os cursos de Farmácia e Odontologia da Universidade Federal do Pará. “Em todo o Brasil a situação é a mesma: descaso”, protesta o parlamentar.

Segundo o Ministério da Educação, o programa, que terminou há mais de dois anos, cumpriu o cronograma previsto –  a pasta alega que muitas universidades foram ampliadas e houve um aumento significativo na oferta de cursos e vagas. “Os números da CGU mostram que não é verdade. No país do ‘Brasil, Pátria Educadora’ é assim que se trata a educação”, criticou Macris, para em seguida lembrar a mudança no FIES, a falsa redução na tarifa de energia elétrica e o descontrole da inflação.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/Foto: Alexssandro Loyola)