525 mil poupanças encerradas
TCU precisa julgar confisco feito pela Caixa, cobra líder da Oposição na Câmara
O deputado Bruno Araújo (PE), líder da Oposição, fez nesta quarta-feira (22) um apelo para que o Tribunal de Contas da União (TCU) julgue as denúncias feitas pela Controladoria Geral da União (CGU) e o Banco Central (BC) de que, em 2012, a Caixa Econômica Federal encerrou irregularmente mais de 525 mil contas de poupanças no país. Com a manobra, o banco que encerraria aquele ano com um lucro de R$ 5,4 bilhões, registrou um rendimento de R$ 6,1 bilhões, ou seja, engordou sua contabilidade em mais de R$ 719 milhões.
“O fato é que a Caixa se apropriou de um patrimônio que não era seu, sem nenhuma base legal para isso”, afirmou Bruno Araújo, completando que o artifício representou um aumento de 12% no lucro da instituição. Para o líder, não resta dúvida de que o comando do banco à época cometeu crime contra o Sistema Financeiro Nacional.
Surdina – “Por motivos óbvios, nem os poupadores nem o Banco Central foram informados sobre a manobra”, assinalou. Araújo ressaltou ainda que as contas atingidas pela operação fraudulenta tinham saldos e estavam inativas por um período inferior a três anos, o que não justificava seu encerramento, e prejudicou principalmente os pequenos poupadores.
O deputado lembrou que em resposta aos questionamentos do BC e da CGU, a Caixa Econômica tentou se apoiar em normas que não se aplicam ao caso de fechamento de poupanças e muito menos à apropriação dos valores pelo banco.
“Os pareceres técnicos do Banco Central e da Controladoria deixam claro que houve um confisco secreto de milhares de poupanças”, definiu Bruno Araújo, concluindo que esse tipo de falcatrua somente contribui para aumentar o descrédito no sistema financeiro administrado pelo atual governo.
(Da assessoria do deputado/Foto: Alexssandro Loyola)
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