Entrevista


Má gestão de recursos provocou caos escondido por Dilma na campanha, diz Geovânia de Sá

Natural de Criciúma (SC), a deputada Geovânia de Sá (SC) é formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão de Pessoas. Sua estreia na política foi em 2009, na chefia da Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação. Em 2012 foi eleita a vereadora mais votada da história da sua cidade natal. Posteriormente assumiu a Secretaria de Saúde. Nesta entrevista exclusiva ao PSDB Mulher, a tucana aborda temas como a crise que atinge em cheio o Brasil, contradições de Dilma, participação da mulher na política e defesa da família e da assistência social. Confira:

Sua formação acadêmica é em Administração de Empresas, com pós-graduação em Gestão de Pessoas. A senhora chegou ao Congresso Nacional no momento em que o Brasil vive uma das maiores, se não a maior crise política, econômica e institucional de sua história recente. Como está sendo sua adaptação, em meio ao caos?
Realmente o momento em que vive o Brasil é lamentável e novas denúncias de fraudes em outros setores dão mostra de que essa crise pode ser estendida, causando ainda mais danos à população. Como administradora de empresas, entendo que a má gestão dos recursos, nesse caso, públicos, causou esse caos, que foi premeditadamente mascarado durante o período eleitoral. Minha adaptação na Casa está sendo muito rápida, mesmo em meio a esse imbróglio. Agradeço aos meus colegas de bancada que estão sendo solidários nesse meu primeiro mandato e me comprometo a usar todo meu conhecimento em administração e gestão para construir projetos que dignifiquem a vida dos brasileiros e traga de volta o crescimento para o país.

O governo Dilma, assim que tomou posse no segundo mandato, começou a retirar direitos trabalhistas adquiridos, uma área em que a senhora sempre militou. Tem algum projeto de lei em mente que proteja a população mais carente de pagar uma conta injusta?
Mais importante e mais urgente que a criação de um Projeto de Lei é combater e fiscalizar todas as medidas que estão sendo tomadas pelo Governo Federal para retirar conquistas históricas dos trabalhadores. Participo de algumas comissões na Câmara Federal, como Seguridade Social, Trabalho e Educação, e estou utilizando esses espaços para discutir sobre as medidas incabíveis e inconcebíveis que contradizem as promessas eleitoreiras do atual governo, quando afirmou que jamais iria cortar direitos trabalhistas e, suas primeiras medidas para tapar o rombo da má administração estão sendo exatamente para atingir a classe. Vou continuar me posicionando contra a essa afronta e junto com meu partido, que é oposição a esse governo, vamos lutar para manter e ainda ampliar os direitos dos trabalhadores.

Atualmente, a participação feminina na Câmara dos Deputados no Brasil é de apenas 6%, contra em torno de 12% no resto do mundo. Segundo dados da IPU – Inter-Parlamentary Union, divulgados pelo Instituto Patrícia Galvão em 28/04/2014, o país estava em 125º lugar em participação feminina na política no ranking mundial. A senhora é uma vitoriosa, parabéns. Pretende trabalhar para alterar esses índices durante seu mandato?
Certamente precisamos incentivar a participação efetiva da mulher na política para poder mudar esses números. Mesmo com a obrigatoriedade de 30% de candidatas nas eleições, na maioria das vezes elas são inseridas no processo em andamento, apenas para cumprir a legislação. Vamos trabalhar para que as mulheres participem de todos os movimentos políticos partidários desde sua origem. A mulher precisa se sentir parte das discussões, precisa se organizar e pavimentar uma candidatura a médio e longo prazos para ter reais chances de eleição. Sinto-me realmente privilegiada em estar no Congresso Nacional e quero que muitas outras mulheres também tenham esse privilégio.

Fale um pouco sobre suas metas, o que pretende fazer nesses quatro anos em Brasília? Quais são seus principais sonhos, para Criciúma, Santa Catarina e o Brasil?
Precisamos sonhar para termos foco, mas devemos caminhar com os pés no chão para alcançarmos objetivos. Algumas questões vão direcionar meu trabalho nesses quatro anos de mandato. A principal delas é a garantia de saúde pública de qualidade, como preconiza a constituição. É inadmissível que o Governo Federal não tenha um percentual obrigatório de repasse para os municípios e entidades que atendem a saúde pública. Quero trabalhar para exigir um repasse coerente com a necessidade da população. Também vou me dedicar em manter e ampliar os direitos trabalhistas. Conquistas de décadas não podem ser tolhidas apenas para pagar uma conta que não foi feita pelos brasileiros. Uma péssima administração pública, com gastos absurdos, com um número exagerado de ministérios, que permitiu desvios bilionários, não pode tirar do trabalhador os valores para tapar o rombo.

Junto com meu partido vou evitar mais esse roubo ao cidadão. Além disso, também quero trabalhar pelos princípios e valores da família, por entender que ela é a base de todas as questões. Se a família estiver sólida e baseada em princípios e valores, teremos menos problemas para serem resolvidos pelo poder público e mais qualidade de vida para a população. Ainda com relação às famílias, tenho histórico de lutas no setor de Assistência Social e vou batalhar para garantir orçamento para as políticas publicas, principalmente para capacitação e qualificação das famílias que dependem da transferência de renda.

(Do PSDB Mulher, com alterações/Foto: Alexssandro Loyola)

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1 abril, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Entrevista”

  1. rubens malta campos disse:

    Parabéns e sucesso no desempenho funcional.

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