PT faz mal ao Brasil

Usando Petrobras como exemplo, Baldy alerta para consequências da crise que abala o país

Em seu primeiro pronunciamento no Grande Expediente, o deputado Alexandre Baldy (GO) agradeceu a confiança dos 107 mil eleitores goianos que o conduziram ao mandato na Câmara dos Deputados e destacou avanços obtidos pelo estado nos últimos anos. O parlamentar traçou, no entanto, um comparativo com a crise enfrentada pelo Brasil, alertou para as consequências e reprovou a conduta do governo federal – simbolizada pela dilapidação da Petrobras.

Ex-secretário de Indústria e Comércio, Baldy contribuiu para que Goiás vivesse um importante ciclo de desenvolvimento, com crescimento acima da média nacional. Entre as diversas conquistas obtidas durante os três anos que esteve no comando da pasta de Indústria e Comércio, lembrou que as iniciativas da secretaria foram capazes de gerar, em três anos, 215 mil postos de trabalho, aumentando o consumo e fortalecendo o comércio. 

No entanto, o atual cenário de crise provoca consequências. “ Goiás não é uma ilha. Todas as ações do Brasil, consequentemente, afetam nosso estado. É fato que agora também sofre consequências dessa crise que o Brasil enfrenta. Crise essa que é econômica, mas sobretudo moral, ética e de credibilidade”, lamentou.

O tucano citou o escândalo de corrupção na Petrobras como exemplo da má gestão do governo federal e lembrou que jornais do mundo inteiro têm estampado o esquema de desvio de recursos na estatal em seus noticiários. Baldy levantou desconfiança em relação ao suposto desconhecimento das irregularidades por parte do ex-presidente Lula e da presidente Dilma: “Que governo é esse que não sabe o que se passa às suas vistas, sempre surpreso com as atitudes dos seus próprios diretores e gestores?”, perguntou.

Na avaliação do tucano, o povo brasileiro está percebendo que foi vítima de um verdadeiro estelionato eleitoral. Ele citou a pesquisa Datafolha, na qual 84% da população afirmam acreditar que Dilma sabia do escabroso esquema de corrupção na Petrobras. “Ou seja, mais de oito entre 10 brasileiros estão convictos de que a presidente sabia de todos os atos e que foi conivente com tudo o que se passava lá dentro”, disse o tucano ao ressaltar que a petroleira perdeu mais de R$ 200 bilhões em valor de mercado. Conforme lembrou os atos de corrupção que apareceram até agora, nas delações premiadas, são mensurados em prejuízos na ordem de R$ 88 bilhões.

Baldy ressaltou ainda que todos os que investiram em ações da Petrobras saíram prejudicados, assim como toda sociedade brasileira, que hoje paga a conta dos prejuízos causados pela corrupção na empresa por meio do aumento de impostos. “É triste ver que a presidente Dilma, parecendo-se com a comandante de uma quadrilha que se instalou na Petrobras, ameaça destruir todo esse patrimônio nacional”, apontou. Segundo ele, o governo Dilma está abalando a autoestima dos trabalhadores que construíram na Petrobras suas histórias e que tinham orgulho de pertencer à empresa.

Segundo ele, nem a presidente nem seu governo parecem querer resolver tal situação. Exemplo disso foi a escolha de Aldemir Benine para comandar a estatal.” Parece que a intenção é deixar tudo como esta, não fazendo com que a empresa volte a ter capacidade de investir, mas continue sendo um banco de negócios escusos e obscuros, com apaniguados políticos em cargos estratégicos, prontos a receberem e executarem ordens superiores”, criticou.

Apartes – Diversos parlamentares do PSDB fizeram apartes ao discurso do tucano e ressaltaram o reforço que a bancada tucana ganhou com a chegada de Baldy à Câmara nesta legislatura. O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), fez coro ao discurso do colega e disse que o governo Dilma sofre de dicotomia. Exemplo disso é que a presidente envia ao Congresso uma proposta com medidas anticorrupção e, ao mesmo tempo, mantém como tesoureiro de seu partido alguém que está sendo investigado por crimes como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola)