Uso eleitoral de estatal

Deputados condenam distribuição irregular de panfletos pró-Dilma pelos Correios

O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou nesta terça-feira (24) que os Correios distribuíram de forma irregular 4,8 milhões de panfletos em São Paulo para a campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado.  Para deputados, isso comprova o uso irregular da máquina pública em prol da petista.

Segundo relatório de auditoria da corte, a estatal, controlada pelo PT, descumpriu suas próprias normas remetendo propaganda da candidata sem comprovante de postagem, que serve para atestar que a quantidade de material enviado corresponde ao volume contratado e pago pelos partidos. O jornal “O Estado de S. Paulo” revelou o caso na reta final do primeiro turno das eleições, em outubro.

Para o deputado Vitor Lippi (SP), a distribuição irregular foi um “grave crime eleitoral”. “Mais uma vez ocorreu a utilização da máquina pública e do dinheiro público em benefício da então candidata à reeleição Dilma Rousseff. Como confirmado pelo TCU, houve irregularidade. Isso representa um crime eleitoral”, afirmou.

Para o tucano, a impunidade é “uma das amargas marcas desse governo”. “A notícia de hoje é apenas mais uma que corrobora com o que nós, infelizmente, estamos vendo na gestão da presidente Dilma. É um governo que demonstra no dia-a-dia um total desrespeito às leis eleitorais do Brasil”, completou.

A reportagem indicou que, conforme o relatório, não há previsão nas normas dos Correios para que santinhos sejam despachados sem o comprovante. Os auditores também concluíram que não foi possível aferir se a quantidade de folders distribuída correspondeu ao que foi contratado pelo PT.

Na avaliação do deputado Miguel Haddad (SP), a instituição foi instrumentalizada para ajudar um partido político. “É um desserviço à população brasileira, que contaminou todo o processo eleitoral. Infelizmente, só confirma a falta de legitimidade da eleição presidencial, uma disputa totalmente desigual”, reiterou.

(Da Agência PSDB/ Fotos: Alexssandro Loyola)