Água para nordestinos
A pedido de Raimundo Matos, comissão que debate transposição promove audiência com ministro e Codevasf
A pedido do deputado Raimundo Gomes de Matos (CE), a comissão externa que investiga a obra de transposição do rio São Francisco promove nesta terça-feira (24) uma audiência pública para discutir a situação do empreendimento. Para essa rodada de debates foram chamados o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi; o diretor da área de revitalização das bacias hidrográficas da Codevasf, Eduardo Mota; e a secretária-executiva desse setor, Kênia Marcelino, além de assessores da presidência da Codevasf. A reunião está marcada para as 14h30 no Plenário 12.
“A polêmica criada por esse projeto tem como base o fato do valor já aplicado na obra e os atrasos sucessivos na execução do projeto. As questões ambientais e os programas de revitalização da bacia hídrica do rio São Francisco precisam ser amplamente conhecidos por todos os parlamentares não só a nível federal, como também a nível estadual e municipal. E, considerando ainda o enorme volume de recursos investidos nas obras, o referido tema tem despertado o interesse de toda sociedade e da imprensa”, destacou o tucano ao defender a realização do debate.
Na reunião também podem ser votados outros dois requerimentos de autoria do tucano, ambos solicitando a realização de audiências públicas. No primeiro, o parlamentar solicita que seja convidado o diretor-presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e o diretor geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Na justificativa, o deputado destacou a necessidade de esclarecer o impacto na sustentabilidade hídrica da transposição do Rio e na garantia de oferta de água aos diversos setores usuários da região.
Já no outro pedido, o parlamentar requer que sejam convidados o secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades e o presidente da Fundação Nacional de Saúde. Segundo o deputado, os órgãos responsáveis pelos recursos ligados às obras de saneamento básico são a Funasa, no caso de municípios com até 50 mil habitantes. Para localidades com mais de 50 mil habitantes ou integrantes de consórcios públicos com mais de 150 mil habitantes o responsável é o Ministério das Cidades.
(Reportagem: Thábata Manhiça/Foto: Lucio Bernardo Junior)
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