Defesa da democracia


Deputados paranaenses debatem reforma política na 1a reunião da Câmara Itinerante

Deputados do PSDB participaram nesta sexta-feira (20) da inauguração do programa Câmara Itinerante, lançado em Curitiba (PR). O projeto levará deputados federais a diversas cidades para discutir com a população temas de relevância nacional, como a reforma política e o pacto federativo (partilha de receitas e obrigações entre entes federados).

No encontro de hoje, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que a reforma política deve ser votada em plenário até o fim de maio. Desde fevereiro deste ano, funciona a comissão especial instalada para analisar o assunto.

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Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), o país deveria adotar o voto distrital puro. “Todas as democracias do mundo se assentaram por meio do voto distrital puro”, disse Hauly. O sistema majoritário distrital é aquele em que cada estado é dividido em distritos, e os candidatos com o maior número de votos em cada distrito são eleitos. Em relação ao pacto federativo, o tucano acredita que o ideal é fazer a conta dos custos de cada setor para construir a despesa pública e depois fazer o rateio do dinheiro arrecadado.

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), classificou a reforma política como “a mãe de todas as reformas”. Richa destacou ainda o fim da reeleição como um dos temas fundamentais da reforma. “É um tema não consensual. Eu mesmo fui reeleito, mas sou favorável ao fim da reeleição”, afirmou Richa, que defendeu mais debates em torno da participação ou não dos financiamentos privados nas campanhas.

Presente no evento, o deputado Alfredo Kaefer (PR) também defendeu o fim da reeleição para os cargos do Executivo (prefeito, governador e presidente). Ele sugere o mandato de seis anos e eleições a cada três anos, alternadamente. “Não concordo com a tese da eleição unificada por uma razão simples: faz com que o eleitor se distancie das eleições”, explicou.

O tucano expôs opinião favorável ao financiamento privado de campanha. Segundo ele, adotar a versão pública seria “escancarar o caixa 2”. Kaefer falou ainda sobre o voto distrital misto e o segundo turno para cidades com 100 mil eleitores. Atualmente, só municípios a partir de 200 mil eleitores realizam segundo turno.

(Da Redação com informações da Agência Câmara/ Áudio: Hélio Ricardo)

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20 março, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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