Responsabilidade maior da CPI


Deputados comentam explicações de Cunha e defendem busca de verdadeiros culpados no petrolão

Deputados do PSDB que acompanharam nesta quinta-feira (12) o depoimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na CPI da Petrobras, destacaram a postura do peemedebista. Na avaliação dos tucanos, a ida espontânea ao colegiado e os esclarecimentos prestados por ele fortalecem a imagem do Parlamento.

O 1º vice-presidente da comissão parlamentar de inquérito, deputado Antonio Imbassahy (BA), destacou que, em 2014, enquanto foi líder do partido, teve dificuldade para obter o número mínimo de assinaturas para a abertura da CPMI que investigou os desvios na Petrobras. Mas, conforme lembrou, o atual presidente da Câmara sempre defendeu as investigações e a criação de colegiado.

Na avaliação do deputado baiano, a fragilidade dos indícios que levaram o nome de Cunha a constar na lista apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é de grande importância e significado. O tucano não enxerga razões concretas para a abertura de inquérito contra o peemedebista, como pediu o procurador. “Temos que alcançar com veracidade a verdade dos fatos, separando o que tem que ser separado e chegando aos inocentes e a penalização dos que são culpados”, disse o tucano. Imbassahy disse ainda que o ocorrido na Petrobras representa “práticas vergonhosas”.

Envolvimento de Lula e Dilma – O deputado Izalci (DF) afirmou que os argumentos apresentados por Cunha aumentam a responsabilidade da CPI. Isso porque alguns pedidos de abertura de inquérito teriam sido feitos de maneira superficial, sem indícios suficientes para isso. Os caso de Cunha e do senador Antonio Anastasia (MG) seriam exemplos disso.

Apesar dessa fragilidade em alguns casos, o parlamentar disse que não dá para desprezar as delações premiadas já feitas até aqui. Lembrando o depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, o tucano disse que há bastante robustez de indícios e provas contundentes em relação a outros indiciados e ressaltou ainda que, na sua opinião, há “indícios fortes do envolvimento do ex-presidente Lula e da presidente Dilma”. “O que de fato se sabe é que existiu a quadrilha, uma organização que saqueou a Petrobras”, alertou.

Questionado pelo deputado Delegado Waldir (GO), Cunha disse não ter nenhuma conta bancária a não ser aquelas apresentadas em sua declaração do imposto de renda, negando, assim, a existência de conta na Suíça ou em paraísos fiscais. O presidente da Câmara também voltou a afirmar, em resposta ao tucano, que Fernando Baiano não era operador do PMDB no esquema de pagamento de propinas na Petrobras.

(Reportagem: Djan Moreno))

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12 março, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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