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A pedido de Silvio Torres, comissão chamará ministro do Esporte e TCU para debater Olimpíadas 2016

A Comissão do Esporte aprovou nesta quinta-feira (12) requerimentos do deputado Silvio Torres (SP) que pedem a realização de audiências públicas com o ministro do Esporte, George Hilton, e com o  ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, com o objetivo de fazer um balanço dos preparativos dos Jogos Olímpicos de 2016.

Como destacou o tucano, em outubro de 2009, o Brasil foi escolhido como sede das Olimpíadas. Faltando pouco mais de um ano para a realização do evento no Rio de Janeiro, uma série de providências foram tomadas: aprovação de leis, montagem de estruturas dentro e fora do governo para acompanhar a concretização dos Jogos, divulgação de Matriz de Responsabilidade e concessão de incentivos fiscais.

Torres lembra que os Jogos Panamericanos de 2007 foram uma grande lição para o Governo brasileiro e para o Comitê Olímpico Brasileiro. A estimativa de gastos inicial de R$ 390 milhões terminou em R$ 3,5 bilhões. O Tribunal de Contas da União, na ocasião, apontou falhas gravíssimas de organização, atrasos e falta de transparência. “Será que a lição foi aprendida?”, pergunta o deputado.

O tucano quer que o ministro do Esporte venha à Câmara com o objetivo de fazer um balanço do atual estágio dos preparativos dos jogos e dos gastos diretos e indiretos realizados até agora, bem com da estimativa até o final do evento.

Em relação ao TCU, Silvio Torres cita não apenas a experiência do Pan de 2007, mas também recordou que na ocasião da organização da Copa do Mundo de 2014 o tribunal e a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara apontaram diversas ações que deveriam ser tomadas para que tanto a Copa de 2014, como os Jogos Olímpicos de 2016, não trilhassem o mesmo caminho dos Jogos Panamericanos.

Em 2013, alerta o deputado, o ministro e atual presidente do TCU, Aroldo Cedraz, já alertava com relação aos Jogos Olímpicos de 2016 que havia sobreposição de competências; a Matriz de Responsabilidade não tinha sido homologada, gerando risco de atrasos nas execuções; havia atrasos nos Grupos de Trabalho temáticos e indefinição quanto a responsabilidades.

“Como órgão auxiliar do Congresso Nacional, é indispensável que o Tribunal de Contas da União possa vir a esta Casa trazer informações sobre o atual andamento dos trabalhos de acompanhamento e fiscalização dos Jogos Olímpicos de 2016”, destacou Torres. 

(Da redação/ Foto: Luiz Macedo – Câmara dos Deputados)

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12 março, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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