Entrevista


Eleito presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos destaca prioridades

Grupo presidido pelo tucano é formado por 78 deputados e quatro senadores.

Grupo presidido pelo tucano é formado por 78 deputados e quatro senadores.

O deputado João Campos (GO) foi eleito por unanimidade para presidir pela 4ª vez a Frente Parlamentar Evangélica, composta por 78 deputados federais e quatro senadores de diversos partidos. Nesta entrevista exclusiva, o tucano destaca os projetos prioritários do grupo para esta Legislatura, como o Estatuto do Nascituro e a PEC 99. De acordo com ele, estimativas indicam que os evangélicos somam cerca de 50 milhões de brasileiros. Confira:

O que representa para o senhor ter sido conduzido mais uma vez para presidir a Frente?
Significa reconhecimento ao trabalho que faço em relação aos temas desta área por parte dos novos deputados e dos reeleitos. Isso me dá muita satisfação e alegria, mas aumenta substancialmente minha responsabilidade. Significa dizer que precisarei fazer melhor do que já fazia.

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Quais são os temas prioritários do grupo para este novo mandato?
Sempre trabalhamos com temas específicos e eles não se esgotam: a defesa da vida desde a concepção, da família natural, da ampla e irrestrita liberdade de crença e do estado laico. São temas muito caros para nós. E estes assuntos estão representados na Casa por múltiplos projetos.

Quais, por exemplo?
Poderia citar o Estatuto do Nascituro, que já está na CCJ. É um projeto muito interessante e desejamos convertê-lo em lei nesta Legislatura. Outro destaque é a PEC 99, que legitimará as entidades religiosas de âmbito nacional a postularem junto à Suprema Corte no que se refere à declaração de inconstitucionalidade ou declaração de constitucionalidade de leis quanto a princípios constitucionais que dizem respeito somente aos religiosos – a imunidade tributária, a proteção a locais de culto e suas liturgias, a assistência religiosa a estabelecimentos de internação coletiva – tudo isso está na Constituição.  Se amanhã houver alguma lei que viole essas regras constitucionais somente uma instituição religiosa de âmbito nacional terá interesse de ir ao STF questioná-la, e hoje isso não é possível.

O que ocorre atualmente?
Hoje até as entidades de classe de âmbito nacional e sindicais podem ir ao Supremo, mas as religiosas de âmbito nacional, não. Acho que foi uma falha do legislador constituinte de omitir, pois foi o único segmento da sociedade brasileira que não foi contemplada com essa possibilidade. 

(Reportagem: Marcos Côrtes/Foto: Luis Macedo – Câmara dos Deputados/ Áudio: Hélio Ricardo)

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24 fevereiro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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