Ataques e distorções


PT e governo querem se livrar a qualquer custo do Petrolão, criticam deputados do PSDB

charge-0809Tucanos condenaram nesta terça-feira (24) a campanha petista para livrar a qualquer custo o partido e o governo do escabroso esquema de corrupção montado na Petrobras, o Petrolão. Sem qualquer cerimônia, estrelas da sigla vão a público distorcer evidências, atacar os meios de comunicação e atribuir a terceiros a responsabilidade pelo ainda incalculável assalto à companhia.

Depois de a presidente Dilma Rousseff incriminar, na sexta-feira (20), o governo de Fernando Henrique Cardoso pelo “pecado original” da corrupção na Petrobras, chegou a vez do ex-presidente Lula ir a campo para zombar da inteligência dos cidadãos. Ele participa nesta terça de um manifesto em defesa da estatal, no Rio de Janeiro. A mobilização tem o objetivo de denunciar uma “campanha visando a desmoralização da Petrobras e exige ações de defesa do governo diante dos ataques sofridos pela empresa”.

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Segundo um dos titulares do PSDB na CPI da Petrobras que será instalada na quinta-feira (26), o deputado Bruno Covas (SP), “a maior desmoralização da Petrobras é o que os petistas vêm fazendo”. “Resgatar a Petrobras é livrá-la do PT e acabar com a série de denúncias, escândalos e desgoverno dos últimos anos”, arrematou o tucano, que atuará no colegiado ao lado dos deputados Otavio Leite (RJ) e Izalci (DF).

Para o deputado Delegado Waldir (GO), a cruzada dos petistas para ludibriar a população é atrapalhada e será em vão. O parlamentar criticou especialmente a conduta de Lula. “Já que a situação é tão escandalosa, indefensável e não tem como tapar o sol com a peneira, ele partiu para o contra-ataque. Tenta mostrar que algumas pessoas querem destruir a Petrobras. Mas quem fez isso foram o PT e as pessoas escolhidas para administrar a empresa”, destacou. “Ele (Lula) foi diversas vezes à televisão propagandear a autossuficiência da produção de petróleo. Isso acabou. O Lula, a Dilma e os indicados por eles conseguiram criar o maior caso de corrupção do mundo”, acrescentou.

Mais desvios – Enquanto estrelas do PT se empenham na tarefa de oferecer aos brasileiros uma versão equivocada e falsa sobre o que, de fato, aconteceu com a petroleira, novas irregularidades cometidas com o dinheiro público e de acionistas são denunciadas. De acordo com matéria publicada na segunda-feira (23) pelo jornal “O Globo”, nem as obras de ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha do Fundão (RJ), escaparam da sanha da quadrilha formada por diretores, empreiteiros e agentes políticos.

Orçado em R$ 1 bilhão em 2004, o projeto acabou custando R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 1,83 bilhão corresponde a pagamentos feitos a empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Segundo o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, ex-braço direito do diretor Renato Duque (Serviços), a propina paga pelas empreiteiras alcançou pelo menos R$ 36,6 milhões — o correspondente a 2% do valor que elas receberam pelas obras. Barusco, que assinou acordo de delação premiada, detalhou em planilhas como foi dividida a propina: 1% ficou para diretores e funcionários da Petrobras, sob a rubrica “Casa”, e 1% foi destinado a “Part” — ou partido. Na diretoria de Serviços, comandada por Duque, o partido era o PT.

(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações do jornal “O Globo”/ Charge: Fernando Cabral/ Áudio: Hélio Ricardo)

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24 fevereiro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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