Carrinhos vazios


Inflação pesa no bolso e corrói poder de compras dos brasileiros, alertam deputados

Os efeitos do saco de maldades do governo federal já atingem o bolso do trabalhador, reduzindo o poder de compra. A alta do preço dos combustíveis e da energia elétrica, entre outras, tem feito o consumidor, sobretudo o de renda mais Mosaicobaixa, sentir o peso da inflação nos seus rendimentos. As perspectivas são desanimadoras: a última edição do Boletim Focus, do Banco Central, estima inflação acima do teto da meta em 2015, chegando a 7,27%. Pesquisa inédita do Instituto Data Popular, especializado na classe C, mostra que as compras vão minguar cada vez mais neste ano.

Deputados do PSDB destacam que os carrinhos estão vazios nos supermercados e a carestia tem provocado apertos financeiros. Assim como a própria população, que estima cenário de piora para o futuro, os tucanos acreditam que infelizmente a tendência é a piora da situação. O desemprego deve ser o próximo fator a atingir em cheio a sociedade. Tudo por incompetência e uma condução equivocada da economia pelo governo do PT, como alertam os parlamentares.

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“Vejo essa situação com muita tristeza por saber que é a população mais pobre quem paga toda essa conta”, destacou o deputado Célio Silveira (GO) nesta sexta-feira (20). O tucano critica o aumento do preço dos combustíveis e o consequente aumento das passagens de ônibus. Segundo ele, as pessoas pagam mais caro por serviços piores. O tucano acredita que, além de conduzir a economia com maestria, o governo deveria cuidar dos recursos públicos de maneira ética e compromissada. “Só assim a inflação cai e o poder de compra da classe C e de todas as classes poderá melhorar”, alerta.

O momento é crítico e o ano de 2015 não será fácil para os brasileiros, alerta o deputado Giuseppe Vecci (GO). Segundo ele, a combinação de inflação alta, baixo crescimento, desemprego, pouco investimento e carestia resulta em mais sacrifício para o cidadão. “Além da alta dos preços, que corrói o salário, há o fato de os produtos serem muito caros. Isso traz uma dificuldade maior de aquisição para o povo brasileiro”, afirmou. Para o tucano, a alternativa seria aprimorar os investimentos, mas não é o que se vê na gestão petista.

Para Eduardo Cury (SP), o país mergulhou em uma crise de credibilidade e o governo dificilmente conseguirá estancar o temor da população. O deputado entende que a crise será igualmente devastadora para o mercado. “Nada que se faça vai ser interpretado como correto. Nem o mercado e nem as pessoas confiam mais em nada que o governo diga ou faça” destaca. Essa falta de credibilidade se dá, em sua avaliação, pelo fato de o governo transferir para a população todos os sacrifícios e arrochos”.

A Classe C, que de acordo com o Data Popular tem renda média de R$ 2,9 mil, é mais atingida com a escalada dos preços. De acordo com levantamento feito pelo instituto, 47% dos entrevistados disseram comprar menos produtos no supermercado na comparação com os últimos seis meses. Para o futuro próximo, 45% dos entrevistados acreditam que vão comprar menos nos próximos meses. Ou seja, esses cidadãos já perceberam que está sobrando menos dinheiro para o consumo e estimam que a inflação continuará subindo, assim como os juros do cheque especial.

Cury acredita que a inflação real é mais alta do que a divulgada oficialmente. “Qualquer um que faz suas compras no dia a dia, seja no mercado ou na quitanda, sabe do que eu estou falando. Agora, teremos mais um ano de empobrecimento das pessoas. Além de não crescermos, cada cidadão brasileiro vai ficar mais pobre devido à política demagógica e equivocada do governo federal”, lamenta o deputado.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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20 fevereiro, 2015 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Carrinhos vazios”

  1. rubens malta campos disse:

    Pois é. Pelo andar da carruagem não vejo Dilma em condições de completar seu mandato.

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