Interferência na disputa
Sampaio cobra explicações de Pepe Vargas sobre benefícios a deputados
O coordenador jurídico nacional do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), pediu nessa terça-feira (21) a convocação do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, para que preste explicações no Legislativo sobre uma possível interferência na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados com o oferecimento de cargos a parlamentares em favor da candidatura de Arlindo Chinaglia (PT). “É estarrecedora a informação de que o Poder Executivo Federal está interferindo na eleição para Presidente da Câmara dos Deputados, em inegável violação à separação de Poderes, por meio de atos que constituem prática de crime de corrupção ativa”, afirma Sampaio.
Em nota oficial, Sampaio afirma ainda que “as informações até aqui disponíveis revelam que o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, prometeu vantagem indevida a parlamentares para votarem em favor da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara dos Deputados”. E continua: “Com esse proceder, a lisura do processo de eleição do Presidente da Câmara está maculada pela forma imoral e ilegal de atuação do Poder Executivo, que faz uso de suas prerrogativas para aliciar cargos perante Prefeitos de Municípios dirigidos pelo Partido dos Trabalhadores e oferecê-los a parlamentares, para votar em favor de seu candidato à Presidência”.
“Por estas razões, na qualidade de deputado federal e coordenador jurídico do PSDB, apresentei requerimento de convocação do ministro Pepe Vargas, junto à Comissão Representativa do Congresso Nacional, objetivando obter esclarecimentos dos fatos, especialmente para garantir a lisura do processo de eleição do presidente da Câmara dos Deputados. Não podemos conceber que a legislatura do período 2015/2019 se inicie sob suspeição, notadamente por meio do já useiro e vezeiro proceder do Governo dos Partidos dos Trabalhadores, cooptando parlamentares mediante entrega de vantagens, como reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mensalão e comprovado pela Polícia Federal nas investigações da operação Lava Jato”, concluiu.
(Da assessoria do deputado/ Foto: Alexssandro Loyola)
De pleno acôrdo.