Demissões e greves


Trabalhadores são vítimas de política econômica fracassada, lamentam deputados

7537686196_04f87cafa4_zA onda de demissões e greves que começa a se formar na indústria automobilística mostra que o bote usado por Dilma Rousseff rumo à reeleição, a geração de empregos, estava com a validade prestes a vencer. Entre os primeiros náufragos, trabalhadores de um segmento que guarda péssimas lembranças de 2014 e não dá o menor sinal de recuperação. “São as vítimas de uma política econômica que fracassou”, disse o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), no Facebook.

As montadoras só colecionaram números negativos no ano passado. As vendas caíram 7,1% em comparação a 2013, e as exportações recuaram cerca de 40%. Com isso, a produção do setor retraiu aproximadamente 15%. Primeira das fabricantes a iniciar o corte de funcionários este ano, a Volkswagen registrou queda de 13,5% em suas vendas de 2014. A empresa demitiu 800 funcionários na fábrica do ABC paulista.

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Crescimento medíocre – O pífio desempenho do segmento, afirmou Imbassahy, é a repercussão do crescimento medíocre do país e da perda de renda das famílias. No Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta semana, especialistas do mercado projetam o crescimento de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Se confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual será bem aquém do registrado em 2013, quando o país cresceu 2,3%.

Preocupados com a desaceleração da economia, refletida na escalada dos juros e da inflação, e mergulhados em dívidas contraídas em meio à explosão de crédito facilitado, consumidores fecharam a carteira. A empresa de informações de crédito Serasa Experian informou nesta quarta-feira (7) que a atividade do varejo cresceu 3,7% em 2014, a menor expansão em 11 anos.

Segundo o deputado Marco Tebaldi (SC), a população começa a se dar conta de que foi vítima de um estelionato eleitoral. “Esse governo mentiu, enganou e gastou mais do que deveria para ganhar a eleição”, disse. “Agora, sentimos o efeito em quase todos os setores. Na indústria, com essas demissões, além dos aumentos dos preços dos combustíveis e das tarifas de energia”, acrescentou.

(Da Redação, com informações dos jornais “O Estado de S.Paulo” e “Valor Econômico”/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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7 janeiro, 2015 Últimas notícias Sem commentários »

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