População enganada


Deputados criticam novas regras para concessão de benefícios e alertam que o pior está por vir

Em outubro, petista disse que não mudaria direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa".

Em outubro, petista disse que não mudaria direitos trabalhistas “nem que a vaca tussa”.

A decisão do governo de adotar regras mais rígidas para concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários é o prenúncio do pior que está por vir, alertaram nesta terça-feira (30) deputados do PSDB.

Anunciada ontem, a medida prevê, por exemplo, que o tempo de carência (período aquisitivo) do seguro-desemprego será de 18 meses na primeira solicitação e de 12 meses na segunda solicitação. A partir da terceira, seis meses. Atualmente, ele é somente de seis meses nas três situações citadas. No caso do abono salarial, a equipe de Dilma Rousseff elevou a carência de um mês para seis meses ininterruptos de trabalho no ano-base. O benefício será pago proporcionalmente ao tempo de trabalho, do mesmo modo que o 13º.

Segundo o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), a presidente mentiu para a população no processo eleitoral ao afirmar que não mexeria nos direitos do trabalhador “nem que a vaca tussa”. “Ao que tudo indica, a vaca tossiu ou a memória da presidente sofreu um apagão. Começam a se materializar as contradições da candidata com a presidente”, disse.

O deputado Hélio Santos (MA) chamou a decisão do governo de “irresponsabilidade e estelionato eleitoral”. “Mais uma vez, o PT está mostrando a sua cara. Pelo que percebemos, isso é só o começo do que vem pela frente, infelizmente”, afirmou.

Representantes de sindicatos de trabalhadores reagiram duramente às novidades. Além de denunciar a falta de diálogo com o Palácio do Planalto, eles afirmaram que é grande a possibilidade de novas demissões, devido ao enfraquecimento da economia.

Saco de maldades – Desde que garantiu a reeleição, Dilma não perdeu tempo e presenteou os brasileiros com medidas que contrariam as várias promessas feitas por ela em cadeia nacional de tv e rádio durante a campanha. A começar pelos juros, que, segundo a candidata, não seriam elevados. Três dias depois das eleições, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros. Na reunião seguinte, em dezembro, voltou a subi-la. Dilma terminará seu atual mandato com a Selic em 11,75%, um ponto percentual acima do que estava quando ela assumiu o cargo.

Irritada quando a questionavam sobre o tarifaço que reservava após o pleito, a petista respondia que havia “um movimento para instaurar o pessimismo”. Onze dias depois da apuração das urnas, a Petrobras anunciou reajuste de 3% na gasolina e de 5% no diesel. Hoje, os brasileiros pagam pelos combustíveis, em média, cerca de 25% mais caro do que o preço praticado no mercado internacional.

(Da redação, com informações do Instituto Teotônio Vilela – ITV)

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30 dezembro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “População enganada”

  1. Ailton F. Rezende disse:

    O Seguro desemprego, na maioria das vezes é provocado pelas partes, Empregador e Empregado.
    O motivo, por parte do empregador demitir o empregado e deixar de pagar as obrigações. Já por parte do empregado é receber o FGTS e o salário dobrado, ou seja, do INSS(seguro desemprego) e do patrão, sem registro, o salário.
    Para acabar com essa vergonha, seria muito mais fácil, o Governo Federal fazer convênio com as Prefeitura dos municípios do Brasil e transferir, no período do seguro desemprego, esses elementos a prestarem serviços, obrigatoriamente, no município em que se localizam, mesmo que o ônus ficasse para o INSS.
    Imaginem se o segurado não tivesse o valor em dobro, o do patrão e o do INSS, mas, tivesse que trabalhar para o município de sua origem e receber somente do INSS, obrigando o Município a informar sobre o tempo de trabalho do segurado a disposição desse órgão?
    Creio que acabaria com essa roubalheira e haveria uma moralização geral entre os governos, Federal e o Municipal.
    É a minha humilde colaboração

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