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Aníbal propõe mudanças que favoreçam crescimento da economia nacional

Em sua participação no programa “Brasil em Debate”, da TV Câmara, o deputado José Aníbal (SP), alertou para a fragilidade da economia brasileira. O tucano comparou a perspectiva de crescimento da economia global – de 3,1% para o próximo ano, segundo relatório da ONU – com a situação brasileira, que é uma incógnita, segundo ele.

A depender deste ano, que teve crescimento praticamente zero, a situação brasileira está atrelada a mudanças na política econômica. “Uma vantagem é o governo admitir ser hora de mudar a condução da economia”, afirma Aníbal ao se referir a mudanças na equipe, com a nomeação de técnicos com perfil diferente do defendido por Dilma durante a campanha. 

O parlamentar destacou ainda o impacto negativo de manter o consumo como âncora de crescimento. Para ele, a política adotada pelo governo do PT afetou os fundamentos da economia, que desde 94 deram ao Brasil uma relativa estabilidade: o controle da inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal. “Este ano não tem nem superávit, a inflação está acima do teto e o câmbio tenta se acertar”, disse.

Aníbal afirma que há dois grandes desafios a serem vencidos: recuperar a credibilidade do Brasil junto a investidores e fortalecer o setor industrial, que vive uma crise sem precedentes. 

De acordo com o tucano, que ocupou o cargo de secretário de Energia do Governo de São Paulo, as interferências que a presidente Dilma fez no setor elétrico desencadearam a instabilidade. “A mudança foi feita de forma autocrática, sem diálogo, sem regras de transição. Agora, é o desastre”, lamentou.

Para 2015, já está previsto um reajuste de 27% no valor da tarifa de energia elétrica para o setor industrial. “É um aumento que impacta fortemente a indústria que já está destroçada”, lamentou.

No programa, Aníbal defendeu ainda a adoção de políticas de revitalização do setor industrial. E questionou o impacto da desoneração da folha de pagamento em R$ 25 bilhões. A principal medida, segundo Aníbal, é investir em infraestrutura.

Assista a íntegra:

(Reportagem: Ana Maria Mejia/Imagem: Reprodução/TV Câmara)