Atuação social


Comunidade surda comemora sanção do Dia Nacional da Libras, iniciativa do deputado Eduardo Barbosa

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O dia 24 de abril será celebrado como o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a língua usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos do país. A data comemorativa está prevista em proposta apresentada em 2009 pelo deputado Eduardo Barbosa (MG), que já foi sancionada. Ao apresentar a proposta, o tucano atendeu reivindicação da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), instituição dedicada à causa das pessoas com deficiência auditiva, como parte da luta pelo reconhecimento e definitiva implantação da Libras.

A data foi selecionada em alusão ao mesmo dia da publicação da Lei 10.436, de 2002, que dispõe sobre a linguagem de sinais. A norma é descrita pelas pessoas surdas como uma conquista da liberdade da expressão gesto-visual, conforme ressalta a representante da Federação Nacional de Educação para os Surdos, Mariana Siqueira. “A criação do Dia Nacional de Libras marca anos de luta da comunidade surda. O Brasil saiu na frente, mostrando que o nosso futuro será muito melhor para todos nós da comunidade surda”.

Na lei, o conceito de libras é descrito como forma de comunicação e expressão dessa comunidade. A lei também serviu de alicerce para uma série de políticas públicas. Entre elas, a inserção do curso de graduação em Língua Brasileira de Sinais nas universidades públicas. As do Amazonas, de Santa Catarina e do Ceará já aderiram a essa proposta.

Agora, a Universidade de Brasília divulgou o edital do primeiro vestibular para o curso de graduação em Língua Brasileira de Sinais /Português como Segunda Língua. No total, são ofertadas 30 vagas, para ingresso no primeiro semestre de 2015. O curso vai formar professores, intérpretes e tradutores. Segundo a professora Maria de Fátima Brandão, diretora do ensino de graduação da UnB, os futuros profissionais terão um bom campo de atuação.

“Nós temos um campo extremamente favorável, relativamente bom, na medida que nós temos a necessidade de inserção de educadores para a educação básica, como também da necessidade de profissionais tradutores e intérpretes, tanto na rede pública, quanto na rede privada”, declarou.

Ao contrário do que muitos imaginam, as línguas de sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias. Atribui-se às línguas de sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico. Assim, uma pessoa que entra em contato com uma língua de sinais irá aprender uma outra língua, como o francês ou o inglês.

(Da Rádio Câmara, com alterações/Foto: Alexssandro Loyola)

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22 dezembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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