Novas denúncias
Deputados do PSDB reforçam coro em defesa de destituição da cúpula da Petrobras
Deputados do PSDB reforçaram nesta sexta-feira (12) o coro dos que reivindicam a imediata destituição da cúpula da Petrobras, especialmente, da presidente Graça Foster. Documentos internos da estatal divulgados hoje pelo jornal “Valor Econômico” comprovam que ela e demais diretores receberam diversos alertas de uma funcionária sobre as irregularidades em contratos e nada fizeram para conter os desvios. “Qualquer criança sabe que é impossível a diretoria da Petrobras não ter conhecimento de todas as falcatruas. Até porque tudo isso foi ordenado por eles mesmos”, criticou o deputado Nilson Leitão (MT).
Segundo a reportagem, as advertências partiram de uma gerente que foi transferida para a Ásia. Trabalhando na estatal desde 1990, Venina Velosa da Fonseca começou a apresentar denúncias quando era subordinada do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, entre novembro de 2005 e outubro de 2009.
O “Valor Econômico” informa que os alertas “envolvem o pagamento de R$ 58 milhões para serviços que não foram realizados na área de comunicação, em 2008, passam por uma escalada de preços que elevou de US$ 4 bilhões para mais de US$ 18 bilhões os custos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e atingem contratações atuais de fornecedores de óleo combustível das unidades da Petrobras no exterior que subiram em até 15% os custos”.
As constatações de problemas nessas áreas, destaca a publicação, foram comunicadas para Foster e José Carlos Cosenza, que substituiu Costa na Diretoria de Abastecimento e é responsável pela Comissão Interna de Apuração de desvios na estatal. Ambos compareceram na CPI Mista da Petrobras e negaram ter conhecimento sobre a existência de um esquema de corrupção na petroleira. A presidente da empresa chegou a derramar algumas lágrimas ao se referir à construção do empreendimento em Pernambuco.
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), reiterou que Foster perdeu todas as condições de continuar à frente da empresa. “Nenhuma providência foi tomada pela diretoria da Petrobras, a exemplo do que aconteceu com os inúmeros alertas feitos pelo TCU aos presidentes Lula e Dilma sobre as irregularidades na companhia”, afirmou.
De acordo com Leitão, as denúncias comprovam que Foster tem sido dissimulada ao tentar se afastar dos escândalos da companhia e exigem uma providência imediata da presidente Dilma Rousseff. Até agora, a petista tem resistido à possibilidade de promover mudanças no comando da maior empresa do país. “No caso da Petrobras, no entanto, a situação é flagrante e gritante. Todos teriam que pedir demissão, inclusive a presidente Dilma deveria se auto exonerar”, defendeu.
Para o coordenador jurídico do partido, Carlos Sampaio (SP), a denúncia é gravíssima. “Por essa razão, incluímos no relatório paralelo, que estou apresentando na CPI Mista da Petrobras, o pedido de indiciamento da Graça Foster por prática de crime de prevaricação”, completou.
“Aula do crime” – Na quinta-feira (11), a operação criminosa que vigorou por anos na petroleira foi detalhada em um fluxograma exibido pelo Ministério Público Federal do Paraná, que ofereceu denúncia contra 36 investigados na Operação Lava Jato. Entre eles, Costa, o doleiro Alberto Youssef e representantes das maiores empreiteiras do Brasil. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, descreveu o esquema como uma “aula do crime” e assegurou que a investigação está longe do fim. “Essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”, disse.
Os procuradores dividiram em três núcleos as empreiteiras, os agentes públicos e os operadores financeiros. Organizadas em cartel, as empresas montaram um clube para combinar os resultados das concorrências e distribuir entre si as obras da Petrobras. Na estatal, diretores e funcionários cobravam de 1% a 5% de propina sobre o valor dos contratos. Os operadores financeiros faziam chegar as propinas aos beneficiários.
(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações dos jornais “Valor Econômico” e “Folha de S.Paulo”/ Foto: Alexssandro Loyola/Áudio: Hélio Ricardo)
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