Caso de polícia


Para tucanos, saída de Hage da CGU atesta que corrupção petista se disseminou na estrutura pública

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Thame participa de seminário de combate à corrupção na Câmara; para tucano, petistas mentem ao propagarem que fortaleceram o combate às falcatruas no país.

A saída inesperada do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, anunciada ontem, foi considerada por deputados do PSDB mais uma evidência de que o discurso petista do combate obstinado à corrupção não passa de uma peça de campanha eleitoral. “Hage jogou a tolha porque viu que combater corrupção em governo petista não é tarefa para controladoria, mas sim caso de polícia”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), na edição desta terça-feira do jornal “Folha de S.Paulo”.

O ministro anunciou a demissão do cargo que ocupou por 12 anos na abertura da semana de comemoração ao Dia Internacional contra a Corrupção, celebrado hoje. No discurso, ele disse que as estatais, especialmente as de economia mista, a exemplo da Petrobras, precisam melhorar os sistemas de controle interno. Segundo Hage, essas mudanças dependem de decisões políticas para serem implementadas. “O que acaba de ser descoberto na Petrobras constitui clara evidência do que aqui se afirma”, destacou.

Para o deputado Mendes Thame (SP), o discurso do ministro demonstrou que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff “mentem ao dizer que intensificaram o combate à corrupção, quando na verdade, cortaram o orçamento dos órgãos de controle, como a CGU e a Polícia Federal, e desqualificaram o trabalho do Tribunal de Contas da União”. O tucano preside a representação brasileira da Organização Mundial de Parlamentares contra Corrupção (Gopac) rede internacional criada em outubro de 2002, em Ottawa, no Canadá.

Thame afirmou ainda que não pode continuar a vigorar no país a temerária gestão petista, cuja cartilha recomenda, por exemplo, o enfraquecimento dos órgãos de controle. “Assim, Lula, Dilma e a cúpula do partido podem continuar afirmando que nada sabiam sobre os escândalos da Petrobras, Caixa Econômica, BNDES, Correios, mensalão, estádios, obras da Copa superfaturadas”, emendou.

Números mostram enfraquecimento

1 mil
ações de fiscalização da CGU por sorteio público ocorreram em 2013, ante 5 mil em 2009.

R$ 16 milhões
foi o orçamento para as investigações em estados e municípios também no ano passado, o menor dos últimos anos. Em 2010, dos mais de R$ 90 milhões previstos no orçamento do órgão, foram destinados pouco mais de R$ 60 milhões para custeio e investimento em auditorias. 

810
servidores deixaram a CGU nos últimos seis anos. O órgão conseguiu recuperar só a metade.

 (Reportagem: Luciana Bezerra, com informações do jornal “Folha de S.Paulo” e da GloboNews/Foto: divulgação)

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9 dezembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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