Mal generalizado


Para tucano, sanha petista pelo poder disseminou a corrupção no país

Personagens antagônicos de uma trama que mobiliza o país desde 17 de março, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o juiz Sérgio Moro deram, 15743856638_d9bd67612d_knesta semana, a certeza a uma desconfiança quase unânime. “O que acontecia na Petrobras acontece no Brasil inteiro: nas rodovias, nas ferrovias, nos portos, nos aeroportos, nas hidrelétricas!”, disse Costa durante reunião da CPI Mista que investiga irregularidades na estatal, na terça-feira (5).

Segundo o magistrado, existem indícios de que os crimes de corrupção e propinas “transcenderam a Petrobras”. A consideração faz parte da resposta de Moro ao pedido de extensão da ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou soltar o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, indicado ao cargo pelo PT.

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O deputado Duarte Nogueira (SP) coloca na conta da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e, especialmente, da sanha petista para se garantir no Estado a responsabilidade pela disseminação do que há de pior na estrutura pública. “A ausência de princípios e valores da administração do PT é que levou a essa conduta totalmente inadequada: o uso da corrupção para se manter no poder a qualquer custo”, disse o tucano nesta sexta-feira (5).

Presidente do PSDB em São Paulo, o parlamentar destacou o aparelhamento como uma das práticas adotadas pelo PT e aliados que mais danos causaram às instituições destinadas a servir à população. “A escolha das pessoas que acabaram praticando a corrupção foi feita em cima de trocas de favores e fisiologismo”, afirmou. “A sociedade , sem dúvida, repudia esse tipo de conduta. Temos que fortalecer as instituições para que as regras da honestidade, lisura, boa conduta e verdade permeiem os atos das pessoas que estão à frente delas”, defendeu Nogueira.

Casos escabrosos – Não são poucos e pontuais os exemplos de aparelhamento e uso indevido do cargo público registrados ao longo dos 12 anos da administração petista no Palácio do Planalto. Um dos mais rumorosos envolve a ex-braço direito de Dilma Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra. Ela foi demitida em novembro de 2010 após as denúncias de que seu filho, Israel Guerra, aproveitava o poder e prestígio da mãe para montar um esquema de intermediação de projetos privados junto a órgãos do governo. Num deles, Israel faturou R$ 5 milhões após “ajudar” a MTA Linhas Aéreas a renovar a concessão na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a fazer negócios com os Correios.

Erenice voltou à cena esta semana. Desta vez, ela é mencionada no esquema de corrupção montado na Petrobras. A última edição de “Veja” trouxe a público um e-mail enviado em 2007 pelo advogado da estatal junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Claudismar Zupiroli, à então secretária-executiva da Casa Civil. Na correspondência, ele relatou preocupação com o fato de o TCU estar no pé da Petrobras pelo uso abusivo de um decreto que permite gastos sem licitação na estatal. “Não há registro de que a principal conselheira de Dilma tenha tomado alguma providência no sentido de ao menos averiguar se havia algo errado. O que se viu foi que as contratações sem licitação continuaram a todo o vapor”, diz a reportagem. Para esclarecer esse episódio, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), apresentou esta semana um requerimento de convocação de Erenice na CPI Mista que apura malfeitos cometidos na companhia.

Benefício próprio – Outra personagem feminina que despontou nas páginas policiais por usar o cargo em benefício próprio foi a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha. Valendo-se de certa intimidade que desfrutava junto ao ex-presidente Lula, influía em nomeações para o alto escalão de agências reguladoras e intermediava negociações fraudulentas entre empresas e órgãos do governo. Em troca, ganhou viagens e até uma cirurgia plástica. O reinado de Rose foi encerrado em novembro de 2012, na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

(Da redação, com informações da revista “Veja”/ Foto: Alexssandro Loyola)

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5 dezembro, 2014 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “Mal generalizado”

  1. Cleber Polverel disse:

    Parabens Deputado Nogueira! e com esta postura que Haveremos de trazer o BRASIL para o caminho da decencia e da ordem!

    QUE O LEMA POSITIVISTA QUE ESTA EM NOSSA BANDEIRA “O PAVLHAO NACIONAL” PREVALEÇA “ORDEM E PROGRESSO”

  2. rubens malta campos disse:

    Pelo andar da carruagem intuo que deverá haver pedido de impeachment da Dilma.

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