Acusações indevidas
Tucanos esclarecem que não incentivaram tumulto ocorrido na noite de terça no Congresso
Parlamentares do PSDB se defenderam nesta quarta-feira (3) das acusações feitas pelos governistas de que mobilizaram populares a comparecer, na noite de ontem, na sessão conjunta do Congresso.
Por determinação do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), a reunião foi suspensa em virtude de um confronto ocorrido entre manifestantes e parlamentares com a Polícia Legislativa. Na manhã desta quarta-feira (3), os congressistas retomaram as discussões. Dessa vez, com as galerias vazias por decisão do peemedebista, contra a qual parlamentares do PSDB se manifestaram.
Acusado diretamente pelo senador governista Eunício Oliveira (PMDB-CE) de ter convocado os populares a se apresentarem no Parlamento, o deputado Izalci (DF) disse que convidou a sociedade, por meio das redes sociais, a participar do debate do Congresso sobre o projeto que autoriza um abatimento sem limite da meta de resultado primário do ano, o PLN 36/14. “Não remunerei nem convoquei ninguém”, salientou o parlamentar no plenário.
O tucano destacou que os quase 30 manifestantes expulsos das galerias eram profissionais insatisfeitos com a situação do país e deu o seguinte recado a Renan Calheiros: “Se Vossa Excelência mandar apurar, aquela pessoa que levou um choque é um professor de História de Goiânia. Os outros dois que estavam do lado eram de São Paulo”. Izalci assegurou que não conhecia a aposentada Ruth Gomes de Sá, de 79 anos, que foi imobilizada por um policial legislativo com um golpe de gravata.
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), afirmou que a oposição tentou acalmar os ânimos exaltados dos manifestantes e dos seguranças. “A nossa proposta era buscar o restabelecimento da ordem para que aqui se prosseguisse com civilidade a sessão. Ademais, fazer militância política nas galerias não é nenhum crime. As galerias pertencem ao povo brasileiro.”
(Reportagem: Luciana Bezerra/ Foto: Alexssandro Loyola)
Deixe uma resposta