Direitos jogados aos ares


Tucanos condenam desrespeito a cadeirante que precisou se arrastar para embarcar em avião

voo da golDefensores ferrenhos dos direitos das pessoas com deficiência no Congresso, Otavio Leite (RJ) e Mara Gabrilli (SP) lamentaram o ocorrido na madrugada de segunda-feira no aeroporto de Foz do Iguaçu (PR). Cadeirante, Katya Hemelrijk, de 38 anos, teve de se arrastar por 15 degraus porque não havia equipamento para embarque e desembarque no terminal.

“Lembrando que, pela nova norma da Anac, os aeroportos devem dispor de equipamentos como o ambulift, espécie de elevador para remanejar da aeronave passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida. Além disso, é responsabilidade das companhias aéreas embarcar e desembarcar esses passageiros com segurança, sendo proibida qualquer outra manobra que coloque essas pessoas em uma situação não digna”, destacou a deputada.

A tucana lembra que o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu passou por uma reforma iniciada em 2012 e concluída em outubro deste ano que custou cerca de R$ 70 milhões. “O investimento, no entanto, pouco tem sido aproveitado pelo passageiro com deficiência, que mesmo arcando com todos os custos da viagem, tem seus direitos jogados aos ares”, reprovou.

Para Otavio Leite, é inadmissível ainda nos depararmos com cenas como essa. “Quando viveremos em um mundo mais respeitoso e acessível? Quando os aeroportos não possuem pontes de embarque – plataformas elevadas que chegam até a porta do avião–, o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida deve ser realizado em cadeiras especiais que escalam os degraus ou mesmo em ambulifit, o veículo equipado com elevador”, afirmou o parlamentar.

(Da redação/Foto: divulgação)

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2 dezembro, 2014 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “Direitos jogados aos ares”

  1. Marcos Ficarelli disse:

    Nossos representantesOtavio e Mara, honram o voto, policiando os desvios claros que rondam a administração federal.
    Neste caso, aflora a “má vontade” da ANAC, dos servidores do aeroporto e da companhia de aviação. Esta senhora foi colocada em posição de indigente, passou vergonha.
    Não havia ninguém para ajudá-la? Onde está o espírito público?
    Equipamento apropriado? No mínimo, com certeza, alguma coisa havia, mas não foi usada por … pura maldade ineficaz.

  2. Antônio Carlos de Araújo disse:

    Prezados,

    Indignação é o que melhor expressa, a atitude das pessoas em geral, com aquelas que tem alguma deficiência ou sua mobilidade de alguma forma limitada.

    Esperar isto do dos órgão públicos na gestão do atual governo, seria exigir demais. Obras ali foram feitas com o dinheiro de nossos impostos, inclusive da Sra. Katya Hemelrijk, para retornar este serviço desprezível nesta situação a que se submeteu esta senhora.

    Roubo de recursos públicos pela quadrilha é a prioridade e danem-se os brasileiros.

    Pergunto:
    Onde estavam os funcionários da Gol, da Infraero, e da ANAC? Nem mesmo um passageiro para apoiar ou acionar estas pessoas?

    Quanto desprezo a Sra. Katya Hemelrijk deve ter sentido por esta gente insensível.

    Antonio Carlos.

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