Retorno do mensalão


Para Jutahy, rede de proteção viabilizou rombos gigantescos na Petrobras

Diante da revelação de que o ex-gerente executivo da Petrobras Pedro Barusco concordou em devolver R$ 253 milhões aos cofres públicos, o deputado Jutahy Junior (BA) levanta a dúvida: “como é possível
alguém com essa função ter a possibilidade de devolver esse valor se não fosse algo sistêmico, organizado, com proteção de pessoas com muito poder?”, questionou da tribuna nesta segunda-feira (17).

Barusco era braço-direito do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na sétima fase da Operação Lava Jato. O ex-gerente aceitou um acordo de delação premiada, assim como o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, que devolverá R$ 70 milhões. “É impossível em qualquer país democrático do mundo em que haja o mínimo de fiscalização alguém ter esse patrimônio para devolver”, criticou Jutahy.

O tucano cobra a apuração do Petrolão, que pode ter substituído o mensalão ou dividido espaço com o esquema. Para Jutahy, o PT não aprendeu a lição e aumentou os modelos de distorção de apoio político. “É um sistema organizado de compra de apoios montado dentro da concepção de que, para se manter no poder, vale tudo”, alertou.

Para Jutahy, somente uma gigantesca rede de proteção teria viabilizado a retirada de valores inconcebíveis. A ação criminosa dentro da Petrobras terá consequências danosas para toda a economia, lamentou o parlamentar. “O sistema está sendo revelado e mostra que toda a sustentação política dos governos petistas é montada na corrupção. Isso é muito grave”, completou.

(Da Redação/ Foto: Alexssandro Loyola)

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17 novembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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