Maquiagem inaceitável


Deputados voltam a repudiar tentativa de manobra fiscal de Dilma e prometem resistência

2012.06.04 - PSDB - Marcus Pestana (MG) - Discurso Grande ExpedienteDurante toda a semana a oposição deixou claro que resistirá ao projeto que altera o cálculo de superávit primário nas contas públicas, que o Planalto quer ver votado já no próximo dia 19 na Comissão Mista de Orçamento, prazo ainda mais enxuto em relação ao divulgado anteriormente.  O governo do PT quer fazer a mudança após ter admitido que não conseguirá fechar o ano com superávit primário se não fizer um forte abatimento na meta, usando os gastos com investimentos e desonerações – um atestado de incompetência da gestão de suas contas.

“Se nós votarmos esse projeto de lei alterando retroativamente uma meta para o ano de 2014, vai ser um verdadeiro suicídio institucional. Nós estaremos falando para a sociedade brasileira que o Congresso vale pouco ou quase nada”, alertou o deputado Marcus Pestana (MG) em discurso no Plenário. 

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Para o tucano, o Orçamento está prestes a ser desmoralizado com a manobra petista. “Como é possível, em novembro de 2014, revogar uma meta central na execução orçamentária, que é a meta de superávit primário? Em novembro de 2014! É aquela estratégia de não cuidar da febre e quebrar o termômetro. É como se houvesse um tour, uma disputa de jipes e, no abismo, a pessoa falasse: Fique tranquila, nós podemos ir para o abismo, porque vamos mudar o mapa de navegação. É um acinte ao Congresso Nacional”, completou.

 Para o tucano, o Planalto deveria pedir desculpas se não teve competência para observar a meta traçada pelo Congresso Nacional. “O que não é possível é fazer um jogo de faz de contas, porque as instituições ficam e os governos passam. A LDO não é brincadeira de criança, é um documento que deve ser preservado na sua plenitude, estabelecendo diretrizes para o Orçamento e para sua execução”, apontou.

Izalci (DF) fez questão de lembrar ao PT que o Brasil possui uma Lei de Responsabilidade Fiscal. “O governo federal não conseguiu manter a gestão responsável e, agora, quer simplesmente aprovar aqui a irresponsabilidade fiscal. Nós não podemos admitir. O Congresso Nacional não pode, de forma alguma, abrir mão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso é inadmissível”, reprovou da tribuna.

Assim como Marcus Pestana, o parlamentar do DF fez uma analogia com uma situação da realidade. “É como numa partida de futebol. Aos 40 minutos do segundo tempo, o time está perdendo e aí quer mudar a regra. É o que estão querendo que nós façamos aqui no Congresso. Eu espero que este Congresso aja de forma rigorosa para manter as suas obrigações e não aceitar a imposição do Executivo”, declarou.

(Da redação/ Áudio: Hélio Ricardo)

Gestão petista pesa na maquiagem do orçamento ao abandonar meta, avaliam tucanos

 

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14 novembro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Maquiagem inaceitável”

  1. rubens malta campos disse:

    Inadmissível a alteração da LRF .A manifestação do dia 15 de novembro,segundo a imprensa,reuniu cerca de 10.000 pessoas na Av.Paulista.O PSDB no Congresso tem sim enorme respaldo popular,não esquecidos os 51.000 milhões de votos.O PT promoveu lavagem cerebral na campanha ao apavorar os beneficiários do Bolsa Família e estelionato eleitoral com todas as mentiras e ações desonestas como a utilização dos Correios na campanha da Dilma.Pressão neles.

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