70 anos da chegada à Europa

Combatentes da Força Expedicionária Brasileira ajudaram a restaurar a paz, lembram deputados

A Câmara dos Deputados prestou nesta quarta-feira (12) homenagem aos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que há 70 anos lutaram na Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. A sessão solene foi proposta pelo líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e os deputados Rodrigo de Castro (MG) e Jair Bolsonaro (PP-RJ). “Nenhuma guerra representou a diferença fundamental de regimes políticos – de um lado nazistas e fascistas italianos e alemães e do outro os países que defendiam a democracia e a liberdade”, disse Rodrigo de Castro.

Mesmo em condições adversas – frio intenso, neve, região desconhecida e limitação nas comunicações, os militares brasileiros conseguiram a rendição de uma divisão alemã e o aprisionamento de mais de 20 mil inimigos. Com o feito, o Brasil abriu caminho para as forças aliadas e para a restauração da paz.

Rodrigo de Castro quebrou o protocolo e cumprimentou em primeiro lugar os militares presentes que participaram do combate na Itália, entre eles o deputado Camilo Cola (PMDB-ES), hoje com 91 anos. Segundo o tucano, ao celebrar os 70 anos da FEB na Itália é importante reconhecer o poder de superação e coragem dos jovens que enfrentaram lutas em regiões montanhosas e frio intenso com temperatura abaixo de vinte graus negativos.

“Passados 70 anos devemos valorizar e defender as forças armadas brasileiras”, disse Rodrigo de Castro. Segundo ele, é importante lutar para evitar cortes no orçamento das Forças Armadas, responsáveis pela segurança nacional.

O deputado Izalci (DF) considera que depois de décadas de esquecimento, o Brasil torna a lembrar dos 25 mil pracinhas que em 1944 embarcaram rumo ao desconhecido. “Os cobra-fumantes entraram no conflito para fazer valer a paz”, afirmou ele, lembrando como eram chamados à época.

Segundo o tucano, no Brasil de hoje é preciso resgatar a autoestima das forças armadas. Ele destaca a concessão de reposição salarial; atualização do salário-família; a recomposição da indenização de transporte de bagagem do militar transferido e ainda o compromisso de que não haverá quebra de paridade entre os militares que estão na ativa e os aposentados.

(Reportagem: Ana Maria Mejia/ Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados/ Áudio: Hélio Ricardo)