Influência econômica


Revitalização de partidos e sistema eleitoral devem ser debatidos, acredita Bonifácio de Andrada

O novo momento político vivido pelo Brasil invoca a discussão da reforma política, afirmou o deputado Bonifácio de Andrada (MG) em plenário nesta segunda-feira (10). Para ele, o debate tem dois aspectos
fundamentais: os partidos e o sistema eleitoral. A nação assiste, segundo ele, a eleições dominadas pela influência do poder econômico. O tucano acredita que os partidos precisam ser revitalizados .

O sistema eleitoral usado atualmente, na avaliação de Andrada, não alcançará estabilidade nem fortalecerá a democracia, pois a tendência é que o poder econômico domine totalmente o processo político. Um caminho alternativo, segundo ele, é o método distrital adotado pelo país na época do Império. “O Brasil conheceu um sistema que elegia três representantes, o que me parece muito mais justificado do que o distrital com um só representante, o que é um perigo”, explicou.

Outra solução seria admitir o sistema de lista nas coligações, em que os partidos coligados definiriam em conjunto os políticos integrantes da lista. Dessa forma, os pequenos partidos teriam mais chances de participar do sistema. “É um caminho que devemos estudar. Também podemos dar ao partido a liberdade de optar por concorrer ou não no sistema de lista”, disse o deputado. As coligações seriam uma saída para aproximar grupos políticos com ideais semelhantes e fortalecer os partidos, acredita Bonifácio.

O tucano destacou a força que partidos políticos tiveram no passado e detalhou a evolução desses grupos na história brasileira. Durante o Império, os partidos Liberal e Conservador eram valorizados e guiavam políticas nacional. Com o início do período republicano, as legendas se enfraqueceram do ponto de vista nacional e se concentraram nos estados, lembra Bonifácio.

Entre 1930 e 1937, o sistema eleitoral se aprimora sob a influência de grandes líderes. No entanto, as siglas perdem liberdade com os “termos ditatoriais” de Getúlio Vargas na condução do país. Nos subsolos crescia a oposição ao presidente, fase considerada por Bonifácio como uma das mais fortes para os partidos. Já na fase da ditadura militar, as agremiações tiveram a atuação limitada e, só com a Constituição de 1988, elas retomaram seu papel.

(Da redação / Foto: Alexssandro Loyola)

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10 novembro, 2014 Últimas notícias Sem commentários »

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