Falcatruas na estatal
Alvo de múltiplas investigações no Brasil, Petrobras entra na mira do Departamento de Justiça americano
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Para Izalci, investigadores dos EUA também chegarão à conclusão de que a principal estatal do país foi surrupiada na gestão petista.
Foco de um dos maiores escândalos de desvio de recursos públicos da história do país, a Petrobras virou alvo de investigações de mais uma instituição norte-americana além da Securities and Exchange Commission (SEC), instância reguladora do mercado financeiro dos Estados Unidos. Segundo o jornal Financial Times, o Departamento de Justiça americano começou a apurar criminalmente as denúncias de corrupção na companhia.
Seguem também nessa mesma missão a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Justiça Federal e o Congresso, por meio da CPI Mista da Petrobras. Autoridades da Holanda tentam elucidar ainda a suspeita de suborno cometido pela SBM Offshore, maior fornecedora do mundo de plataformas flutuantes para exploração de petróleo, a funcionários da companhia brasileira.
A decisão do Departamento de Justiça dos EUA de averiguar se a Petrobras ou algum de seus empregados, intermediários ou contratados violaram a lei americana de combate à corrupção pode ser considerada um indício inquestionável a respeito da gravidade das denúncias de corrupção e desvio de verbas que envolvem a empresa.
“Lamentavelmente, a Petrobras, que ocupava o ranking das empresas mais admiradas do mundo, hoje pode se sentar nos bancos dos réus nos tribunais internacionais. Isso deixa os brasileiros indignados”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).
Na última sexta-feira, o tucano solicitou, por meio de representação entregue à Procuradoria da República no Distrito Federal, a abertura de inquérito civil para apurar se as auditorias independentes contratadas pela Petrobras de 2005 a 2014 atuaram com independência e se cumpriram as normas legais e técnicas que se aplicam ao setor.
Cerco se fecha – Integrante da CPI Mista da Petrobras, o deputado Izalci (DF) afirmou nesta segunda-feira (10) não ter dúvidas de que os americanos chegarão às mesmas conclusões que o colegiado. “Eles vão chegar ao mesmo entendimento de que houve superfaturamento, formação de cartel, manipulação, desvio de recursos públicos, interferência do governo na condução da Petrobras. Como disse o Ministério Público, uma grande quadrilha envolveu a gestão da maior empresa brasileira”, previu.
O parlamentar reiterou a necessidade do acesso da comissão mista à delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. “Ajudaria muito na conclusão dos trabalhos”, afirmou.
Costa e Youssef foram presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em março, sob suspeita de integraram um esquema criminoso que movimentou R$ 10 bilhões. O primeiro cumpre prisão domiciliar desde outubro por determinação da Justiça após assinar acordo de delação premiada e revelar tudo que sabia a respeito do esquema criminoso. Youssef permanece detido na carceragem da PF em Curitiba, no Paraná. Desde o mês passado, tem prestado depoimentos a investigadores e procuradores amparado também pelo acordo de delação premiada.
Izalci reafirmou ainda o objetivo do PSDB e demais partidos de oposição nas investigações sobre os desvios na estatal. “O PSDB é pela apuração irrestrita. Nós não vamos fazer nenhum entendimento para preservar quem quer que seja. O PSDB quer ir fundo nessa matéria, inclusive por orientação do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves.” A legenda pode, inclusive, apresentar um voto em separado ao relatório final da comissão parlamentar de inquérito.
Agenda – A CPI Mista da Petrobras reúne-se a partir das 14h30 desta terça-feira (11) para votar a convocação do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Em seguida, será tomado o depoimento do gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo, que deve ser questionado, especialmente, a respeito da suspeita de pagamento de propina feito pela SBM Offshore a funcionários da estatal.
(Reportagem: Luciana Bezerra/ Áudio: Hélio Ricardo)
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Com relação ao escândalo da Petrobrás achei ótimo a entrada dos EUA,e agora vamos mostrar à todos que :Todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido.Obrigado-José
Pressão neles.Pelo que se sabe ,o americano leva mais a sério investigações de malfeitos e quantos deles-e dos graúdos- o desgoverno reeleito cometeu.Não se pode deixar isso barato,ainda mais com 51 milhões de votos obtidos.