Troca de experiências

Relação Brasil – EUA é tema de debate de deputados do PSDB com estudantes universitários

Alunos de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília (UCB), integrantes do Núcleo de Estudos dos Estados Unidos, discutiram nessa terça-feira (4) o futuro das relações do Brasil com aquele país, questões ligadas ao comércio exterior e aspectos da política interna brasileira. Os estudantes foram recebidos pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), Eduardo Barbosa (MG), e o deputado Luiz Carlos Hauly (PR).

 Na oportunidade, foram discutidas as diferenças e semelhanças dos sistemas políticos norte-americano e brasileiro, a atuação internacional da Câmara e do Senado daquele país e o panorama das relações bilaterais entre os dois países. 

De acordo com Eduardo Barbosa, “o Parlamento dos Estados Unidos tem muito mais força para debater os temas nacionais e internacionais, enquanto o Parlamento brasileiro é muito frágil e fisiológico. Além disso, não há tantas ideologias que justifiquem a existência de tantos partidos no nosso Legislativo”.

 Na avaliação de Luiz Carlos Hauly, “o modelo norte-americano é mais sólido que o brasileiro, onde o Executivo legisla no lugar dos parlamentares, o que não acontece nos Estados Unidos”. 

Hauly também defendeu que o Brasil busque um acordo de livre comércio com Washington e revise as regras do Mercosul que impedem o país de firmar acordos comerciais bilaterais. Ele afirmou ainda que o Brasil precisa reconstruir suas relações com os Estados Unidos após o escândalo da espionagem de 2013. 

Eduardo Barbosa também traçou um cenário difícil para o Parlamento brasileiro a partir do próximo ano. Segundo ele, a economia global não vai bem e isso tem pressionado o Brasil. “O que foi negado durante o processo eleitoral agora começa a aparecer com o rombo nas contas públicas, a inflação com tendência de crescimento e o processo de desindustrialização da nossa economia”.

 Os alunos da Universidade Católica foram acompanhados pelo professor Creomar Lima Carvalho de Souza, orientador do núcleo e assessor de Relações Internacionais da instituição.

(Da assessoria da comissão)