Segurança nacional


Tucanos cobram investigação de parceria entre Venezuela e MST sobre “revolução socialista”

A parceria entre o governo da Venezuela e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do Brasil precisa ser investigada. É o que defendem o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy 15662118695_b3fc02326f_k(BA), e o 1º vice-líder, deputado Vanderlei Macris (SP). O Ministério Público e o Ministério da Justiça já foram acionados para apurar possíveis crimes contra a segurança nacional e a ordem pública social.

O ministro para Comunas e Movimentos Sociais da Venezuela, Elias Jaua Milano, assinou um convênio com o MST para, conforme ele mesmo definiu, “fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista”. Ele esteve no Brasil em outubro para fechar acordos nas áreas de formação e desenvolvimento da produtividade comunal.

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No último dia 24, no Aeroporto Internacional de São Paulo, um revólver calibre 38, municiado, foi encontrado com Jeanette Del Carmen Anza, detida por possível prática de tráfico internacional de armas. Também foram encontrados diversos documentos de doutrinação política e ideológica. Em depoimento, Jeanette, que supostamente trabalha como babá para o ministro venezuelano, declarou que todo o material era de propriedade dele.

O ministro declarou que o acordo entre o MST e o governo venezuelano visa fortalecer “a formação, a consciência e a organização do povo para defender o que logrou e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista”.  Já o líder do MST, João Pedro Stédile, prometeu, à época, que se Aécio Neves ganhasse as eleições haveria “uma guerra”. “Ao que tudo indica, o MST já estava sendo preparado para a tal guerra e as autoridades brasileiras têm o dever de investigar o que pode estar por trás desses acontecimentos”, alertou Imbassahy, que deve acionar ainda a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Por sua vez, Macris acredita que o conturbado episódio demonstra claramente o quanto os movimentos sociais têm sido utilizados no Brasil para um projeto de poder do PT de instalar no país um regime similar ao da Venezuela. “É uma demonstração inequívoca de que esse é o caminho adotado sob o patrocínio do governo, pois o MST é um movimento financiado pelo governo e de ligação forte com o PT”, avalia, ao defender as investigações.

O deputado afirma que é necessário esclarecer para a opinião pública se há conivência do governo com tal acordo e o real intuito do mesmo. O regime de governo da Venezuela, de acordo com Macris, vai completamente na contramão do que o PSDB e a sociedade brasileira defendem, que é a livre democracia, pois se trata de um regime populista, autoritário, e que submete todas as instituições ao poder do Estado. “É um esclarecimento que precisa ser feito. Temos que saber detalhes desse convênio e evitar que esse tipo de coisa aconteça em nosso país”, avalia.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Alexssandro Loyola/ Áudio: Hélio Ricardo)

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4 novembro, 2014 Últimas notícias 2 Commentários »

2 respostas para “Segurança nacional”

  1. rubens malta campos disse:

    O assunto requer esclarecimento e eventual medidas do MPF em defesa da nossa democracia e liberdade.Fascínoras autoritários no Brasil não.

  2. Marília Carneiro disse:

    Espero que o PSDB investigue mesmo a intrusão da Venezuela no nosso país, pois essa foi uma notícia que assustou e muito grande parte da população brasileira. Faço parte dos 48% dos eleitores que votou no Aécio e que gosta de democracia e preza a liberdade. Repudiamos veementemente o governo bolivariano de N.Maduro.

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