Escândalos sem fim


Petrolão: Sampaio espera que STF autorize divulgação de nomes de políticos envolvidos

sampaioO deputado Carlos Sampaio (SP) espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize logo a divulgação dos nomes dos políticos que estariam envolvidos no esquema de abastecimento das campanhas do PT, do PMDB e do PP, em 2010. Nessa quarta-feira (9), em depoimento à Justiça, Paulo Roberto Costa- ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, deu detalhes da falcatrua. Sampaio é integrante titular da CPMI da Petrobras.

“Este governo da Dilma e seus aliados são vocacionados para o crime. Ontem, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Costa, confirmou, na Justiça, que o dinheiro da corrupção na estatal abasteceu as campanhas do PT, do PMDB e do PP em 2010. O que espero, agora, é que o STF autorize que os nomes destes ladrões sejam divulgados antes do segundo turno. O Brasil tem o direito de saber quem são os marginais que roubaram a Petrobras e ainda se elegeram com dinheiro sujo”, postou o tucano em seu perfil no Facebook. Sampaio saiu consagrado das urnas no último domingo ao obter 295.623 votos, a segunda maior votação do PSDB em todo o país e a sexta maior do estado de São Paulo.

Na tarde desta quinta-feira veículos de comunicação como a revista “Época” trouxeram detalhes do depoimento de Paulo Roberto e do doleiro Alberto Yousseff –  os dois delatores do “petrolão”. De acordo com eles, os diretores da principal estatal do país cobravam 3% de propina nos contratos da estatal. “O dinheiro destinava-se a ‘agentes políticos’ e era recolhido, no caso do PT, por operadores como João Vaccari, tesoureiro informal do partido – indicado para a tarefa pelo ex-ministro José Dirceu, segundo Paulo Roberto”, diz trecho da reportagem publicada no site da revista.

Carlos Sampaio cobra os nomes porque os políticos que teriam recebido a propina tem foro privilegiado e são investigados pelo Supremo. “A confissão dos dois constitui a revelação mais grave desde que as autoridades começaram a investigar o esquema, em março”, analisa a revista.  Como lembra a revista “Época”, Vaccari arrecadava para a primeira campanha presidencial de Dilma Roussef, em 2010.

Paulo Roberto Costa foi empossado no cargo, em 2004, pelo então presidente Lula. Na semana passada o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), rebateu a alegação da presidente Dilma de que o ex-diretor da Petrobras  foi demitido. Em entrevista ao jornal “O Globo”, o tucano classificou de “sandice” a alegação da petista, pois ata da própria Petrobras mostra que a fala dela não tem respaldo na realidade.

“Eu acho que é uma sandice a presidente Dilma Rousseff afirmar que demitiu. Até porque o próprio Paulo Roberto, em depoimento na CPI, não revelou que foi por aí. Na ata da reunião do Conselho da Petrobras, presidida por um dos ministros da sua confiança, Guido Mantega, registra que ele pediu renúncia. Ainda foi louvado pela administração como grande dirigente. Ademais, a presidente Dilma conviveu de maneira íntima com Paulo Roberto por oito anos, desde a nomeação em 2004, quando era presidente do Conselho. Portanto, ela não demitiu, ela nomeou. Passou período grande com ele, convivendo com ele”, declarou Imbassahy.

ATUAL DIRETOR É O PRÓXIMO A DEPOR

Depois de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff, o próximo depoimento na CPI mista da Petrobras já está marcado para o próximo dia 22 às 14h30. Os parlamentares vão ouvir José Carlos Cosenza, que hoje é diretor de abastecimento da estatal, cargo ocupado por Paulo Roberto Costa de 2004 a 2012.

Cosenza está na diretoria desde a saída de Costa, em 2012. Havia dois requerimentos que chamavam o chefe da área de abastecimento – um convite do deputado Carlos Sampaio  e uma convocação de Rubens Bueno (PPS-PR).

Os integrantes da CPMI desejam apurar se as irregularidades verificadas durante a gestão de Paulo Roberto continuaram mesmo depois da saída dele. Sampaio quer ainda esclarecer uma carta enviada por Costa à presidente da Petrobras, Graça Foster, que propunha parceria da estatal com uma empresa para construir pequenas refinarias em quatro estados. A proposta foi encaminhada a Cosenza, mas de acordo com a Petrobras, o negócio não foi a frente.

(Da redação com Liderança do PSDB no Senado/Foto: Alexssandro Loyola)

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9 outubro, 2014 Últimas notícias 1 Commentário »

Uma resposta para “Escândalos sem fim”

  1. Letice Araujo disse:

    Agora é a hora dos deputados eleitos, como Carlos Sampaio, irem para a televisão e contarem para a população todas estas maracutaias.

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